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‘A Golondrina’, drama inspirado em ataque homofóbico a bar, faz curta temporada no Sesc Ginástico

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Tania Bondezan e Luciano Andrey dividem o palco no espetáculo Foto

O Sesc Ginástico, no Centro, recebe a partir desta quinta-feira (16), às 19h, a primeira temporada carioca do espetáculo “A Golondrina”. Dirigidos por Gabriel Fontes Paiva, os atores Tania Bondezan e Luciano Andrey interpretam o texto de Guillem Clua, dramaturgo nascido em Barcelona (Espanha), uma das cidades que testemunharam os massacres ocorridos nos últimos anos que refletem nesta peça.

A principal fonte de inspiração foi o ataque homofóbico na boate Lgbt Pulse, em Orlando (EUA), que matou 50 pessoas em junho de 2016. Outros episódios que passam pela obra de Clua são a chacina na também boate Lgbt Bataclan, em Paris (França), onde morreram mais de 100 em novembro de 2015; o ataque de um franco-tunisiano que partiu com um caminhão para cima de uma multidão causando mais de 80 mortes numa avenida de Nice (França) em julho de 2016; outro atropelamento em La Rambla, ponto turístico de Barcelona, que fez 13 vítimas fatais em agosto de 2017. 

Diante destes tristes capítulos da humanidade no século XXI, causados por motivações como homofobia e conflitos religiosos e políticos, “A Golondrina” busca entender o horror e o ódio e, ao mesmo tempo, falar de liberdade, diversidade e aceitação. E tudo parte do encontro de dois personagens que, de uma forma ou outra, participaram de um ataque a um bar gay.

Frente a frente, eles precisam decidir que caminho seguirão: o do ódio – e eles têm razões para isso – ou o da compaixão, que não os permitirá deixar o instinto animal vencer. 

— A obra me encantou de tal maneira que, enquanto lia o texto pela primeira vez, parecia que aquelas palavras cabiam na minha boca, como se eu tivesse vivido tudo aquilo. Foi amor à primeira vista – enfatiza Tania Bondezan, responsável pela tradução do texto, que está completando 40 anos de carreira e foi indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz em São Paulo por seu trabalho na peça.

—  Nesses meus 50 anos de carreira esse foi um dos textos mais emocionantes que eu li. A gente se emocionava nas leituras, a gente chorava nos ensaios. E o público sai com essa emoção, porque a gente fala de aceitação, de solidariedade, de entendimento — acrescenta Odilon Wagner.

Vencedor de diversos prêmios pelo mundo, como o Off West End London Theater Award 2017, o Queer Theater 2018 (Atenas, Grécia) e o Prêmio MAX 2019, o espetáculo chegou ao Brasil com boa aceitação. De acordo com a produção, cerca de 18 mil pessoas assistiram nas temporadas realizadas em São Paulo e Curitiba.

  

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