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‘Ana e a tal felicidade’ debate diferentes formas de violência contra a mulher em curtíssima temporada no Espaço Sergio Porto

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Charles Asevedo e Stephanie Serrat dividem a cena em “Ana e a tal felicidade” Foto: Divulgação

RIO – Ao contrário do que muita gente pensa, violência contra a mulher não se resume a tapas, socos e pontapés, entre outras agressões. Esta, a violência física, pode ser tida como a mais grave, mas é apenas uma das cinco previstas na Lei Maria da Penha, que inclui ainda a psicológica, a sexual, a moral e patrimonial. E é sobre estas diferentes formas de ataque a mulheres que trata “Ana e a tal felicidade”, espetáculo dirigido pela dupla Carol Araujo e Nina da Costa Reis que estreia nesta quinta-feira (04), às 20h, no Espaço Cultural Municipal Sergio Porto, no Humaitá, onde fica somente até o próximo dia 28.

No palco, Stephanie Serrat e Charles Asevedo apresentam a história de Ana, uma mulher angustiada que, ao mesmo tempo em que questiona suas dores e busca um acerto de contas com o passado, tenta se firmar num novo relacionamento.

Produção do coletivo Notícias de Tudo, a peça tem texto de Renata Mizrahi inspirado no livro homônimo de Cris Pimentel, que colocou nas páginas da publicação relatos de diversas mulheres vítimas de violência, inclusive dela própria.

— Queremos com esse espetáculo provocar a reflexão junto à plateia sobre temas como culpa, aborto, orgasmo, entre outros assuntos tão importantes para a saúde mental de toda mulher. Assim como no livro, nós juntamos relatos de outras mulheres que passaram por situações semelhantes à que vivi aos 17 anos, relatos esses que conheci na década de 90, época que fui escrivã de polícia numa Delegacia de Defesa da Mulher, em São Paulo, e que me inspiraram na criação dos personagens centrais — recorda Cris, que assina também a direção de produção e a idealização do espetáculo.

Além de reflexão, a montagem tende a provocar também identificação, já que, infelizmente, não são raras as notícias de violência contra as mulheres no Brasil. Ou seja, muita gente conhece ou até mesmo já passou por casos do tipo.

Por exemplo, segundo dados levantados pelas secretarias de Segurança Pública de todos os estados e do Distrito Federal, no ano de 2018, foram registrados, em todo o Brasil, 66 mil casos de estupro (considerado crime hediondo), número que representa o maior índice desde o início da série histórica, em 2007. Deste total, a maioria das vítimas (53,6%) foram meninas de até 13 anos.

Ainda de acordo com as estatísticas, quatro jovens até esta idade são estupradas por hora no país, o que explica a média de 180 estupros por dia no país – 4,1% acima do verificado em 2017 pelo anuário.

— Em 2018 a escritora e jornalista Cris Pimentel me apresentou o seu projeto do qual falava sobre o universo da “Ana”, uma personagem que, infelizmente, até hoje representa a realidade de muitas mulheres. E neste mesmo dia, conversamos sobre a importância de falar sobre os temas abordados, bem como de formarmos um coletivo, em sua grande maioria feminina — complementa Carol Araújo, um das diretoras da peça.

SERVIÇO

Local: Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto | Endereço: Rua Humaitá, 163 – Humaitá. (Obs: entrada pela Visconde e Silva) | Telefone: (21) 2535-3846 | Sessões: Quinta a sábado, às 20h; domingos, às 19h (debates, aos domingos, após o espetáculo) | Temporada: 04/11 a 28/11 | Elenco: Stephanie Serrat e Charles Asevedo | Direção: Carol Araujo e Nina da Costa Reis | Texto: Renata Mizrahi (Inspirado no livro homônimo de Cris Pimentel) | Classificação: 16 anos | Entrada: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia) | Bilheteria: Sympla | Gênero: drama | Duração: 60 minutos | Capacidade: 180 lugares


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