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‘Auê’ é o grande vencedor do Prêmio Cesgranrio 2016

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Tempo estimado de leitura: 4 minutos
Equipe de "Auê" comemora prêmio de Melhor Espetáculo gritando nome da peça Foto: Marcelo Gigante
Grito de guerra: equipe de “Auê” comemora prêmio de Melhor Espetáculo gritando nome da peça Foto: Marcelo Gigante

A quarta edição do Prêmio Cesgranrio realizada na noite da última terça-feira (24/01), no Golden Room do Copacabana Palace, consagrou “Auê” dentre os espetáculos apresentados em 2016. Indicada em cinco categorias, a montagem da Cia. Barca dos Corações Partidos faturou três: Melhor Direção (Duda Maia), Melhor Direção Musical (Alfredo del-Penho e Beto Lemos) e Melhor Espetáculo. Na maior premiação do teatro brasileiro, que rende R$ 25 mil a cada um dos 12 vencedores – num total de R$ 300 mil – “Gritos”, peça da Dois a Deux citada em quatro categorias, ficou com dois troféus, os de Melhor Cenografia (André Curti e Artur Luanda Ribeiro) e Melhor Iluminação (Artur Luanda Ribeiro e Hugo Mercier). Os ganhadores foram escolhidos pelo júri formado por Carolina Virgüez, Daniel Schenker, Jacqueline Laurence, Lionel Fischer, Macksen Luiz, Rafael Teixeira e Tânia Brandão (confira a lista completa no fim da matéria).

Após a cerimônia, apresentada pelos bem humorados Eriberto Leão e Irene Ravache e prestigiada por cerca de 400 convidados – entre eles, Lilia Cabral, Paulo José, Tarcísio Meira e Glória Menezes – Duda Maia conversou com a reportagem do RIO ENCENA e admitiu que não esperava que “Auê” terminasse como maior ganhador da noite.

– Não esperava! Por ser diretora nova no mercado, com mais experiência em direção de movimento, e também por concorrer com quem admiro muito. Sabíamos que a peça arrebatou o público, mas não esperávamos. E acredito que esse resultado foi uma junção de coisas. O talento dos meninos nas composições, que são fortes; e o trabalho de corpos à flor da pele, não parados como uma banda de músicos, mas com muito movimento. Acho que essa mistura de dança com música é quase um segredo nosso – brinca Duda, adiantando que já estão iniciando os ensaios para um musical em homenagem a Ariano Suassuna (1927-2014), nova parceria entre a Sarau Agência e a Barca dos Corações Partidos, que estreia ainda em 2017 com direção de Luiz Carlos Vasconcellos.

A presentação da quarta edição ficou a cargo de Eriberto Leão e Irene Ravache Foto: Marcelo Gigante
A presentação da quarta edição ficou a cargo de Eriberto Leão e Irene Ravache Foto: Marcelo Gigante

Outros destaques da noite foram Wolf Maia, na Categoria Especial pela construção do Teatro Nathália Timberg, e Marcos Caruso e Debora Bloch que, respectivamente, ganharam como Melhor Ator por “O Escândalo Philippe Dussaert” e Melhor Atriz por “Os Realistas”. Além da premiação, o que os dois tiveram em comum foi o tom no discurso, ratificando a dificuldade de se fazer teatro no Brasil que em 2016 foi maior do que de costume devido às crises econômica e política que afetam o Brasil e o Rio de Janeiro.

– Quero dividir esse prêmio não só com os indicados a melhor ator desta noite, mas com todos os artistas que pisaram num palco de teatro nesse ano terrível que foi 2016, com uma crise mundial, nacional, estadual, municipal… Mesmo assim, conseguimos fazer com que as pessoas tivessem mais paz, sorriso, emoção e reflexão – disse Caruso, pouco antes de Bloch ressaltar: – Foi uma honra estar no palco em 2016, fazendo “Os Realistas” de janeiro a dezembro, viajando o Brasil. Como disse o Caruso, fazer teatro no Brasil foi um ato de resistência nesse ano tão difícil.

Além da emoção dos premiados, outros dois momentos da cerimônia renderam aplausos comovidos da plateia. Primeiro, o vídeo em memória de artistas que partiram em 2016, como Duda Ribeiro, Elke Maravilha, Héctor Babenco, Umberto Magnani, Orival Pessini, Sábato Magaldi, Tereza Rachel e Domingos Montagner. E também as honrarias a Nicette Bruno, a grande homenageada da noite, que com mais de 70 anos de teatro, se mostrou disposta a fazer ainda mais nos palcos.

Nicette Bruno, a homenageada da noite, recebe condecoração de Carlos Alberto Serpa, presidente da Cesgranrio Foto: Marcelo Gigante
Nicette Bruno, a homenageada da noite, recebe condecoração de Carlos Alberto Serpa, presidente da Cesgranrio Foto: Marcelo Gigante

– Ainda espero um momento de realização, ainda quero uma personagem que me sacuda. O teatro serve para nos renovar. Queria agradecer à Cesgranrio pela homenagem e dizer que quando precisarem que façamos algo pela cultura brasileira, podem contar conosco – bradou a atriz, para em seguida dedicar o momento ao ator e seu ex-marido Paulo Goulart, falecido em 2014. – Quando soube que seria homenageada aqui, ainda não conseguia ter um domínio de mim mesma como uma atriz deve ter por ainda estar impactada por uma notícia ruim. Mas hoje, já posso dizer que tudo isso ofereço àquele que foi meu parceiro por muito tempo e será sempre.

Pouco depois da homenagem à Nicette, Carlos Alberto Serpa, presidente da Cesgranrio, contou duas das três novidades guardadas para a noite. Ainda neste ano, a fundação deve realizar a primeira edição do Prêmio Cesgranrio de Dança, além de construir um novo teatro com capacidade para 500 pessoas no Rio Comprido, onde fica o Teatro Cesgranrio. Já a última revelação foi feita no fim por Irene Ravache: o lançamento em maio de um filme documental da própria fundação contando história dos atores Mauro Mendonça e Rosamaria Murtinho, que estão comemorando 60 anos de carreira no teatro brasileiro. O casal estava presente e foi aplaudido de pé.

Vencedores:

Melhor Figurino
Luiza Fardin por “Se eu Fosse Iracema”

Luiza Fardin Foto: Marcelo Gigante
Luiza Fardin Foto: Marcelo Gigante

Melhor Cenografia
André Curti e Artur Luanda Ribeiro por “Gritos”

Artur Luanda Ribeiro e André Curti Foto: Marcelo Gigante
Artur Luanda Ribeiro e André Curti Foto: Marcelo Gigante

Melhor Iluminação
Artur Luanda Ribeiro e Hugo Mercier por “Gritos”

Artur Luanda Ribeiro Foto: Marcelo Gigante
Artur Luanda Ribeiro Foto: Marcelo Gigante

Melhor Ator
Marcos Caruso por “O Escândalo Philippe Dussaert”

Marcos Caruso Foto: Marcelo Gigante
Marcos Caruso Foto: Marcelo Gigante

Melhor Ator em Teatro Musical
Alexandre Rosa Moreno por “A Cuíca do Laurindo”

Alexandre Rosa Moreno Foto: Marcelo Gigante
Alexandre Rosa Moreno Foto: Marcelo Gigante

Categoria Especial
Wolf Maya pela construção do Teatro Nathália Timberg

Wolf Maia Foto: Marcelo Gigante
Wolf Maia Foto: Marcelo Gigante

Melhor Atriz
Debora Bloch por “Os Realistas”

Debora Bloch Foto: Marcelo Gigante
Debora Bloch Foto: Marcelo Gigante

Melhor Atriz em Teatro Musical
Laila Garin por “Gota d'Água [a Seco]”

Prêmio Cesgranrio Laila Garin
Laila Garin Foto: Marcelo Gigante

Melhor Direção
Duda Maia por “Auê”

Duda Maia Foto: Marcelo Gigante
Duda Maia Foto: Marcelo Gigante

Melhor Direção Musical
Alfredo del-Penho e Beto Lemos por “Auê”

Alfredo del-Penho e Beto Lemos Foto: Marcelo Gigante
Alfredo del-Penho e Beto Lemos Foto: Marcelo Gigante

Melhor Texto Nacional Inédito
Grace Passô por “Vaga Carne”

Grace Passô Foto: Marcelo Gigante
Grace Passô Foto: Marcelo Gigante

Melhor Espetáculo
“Auê”

"Auê"
“Auê” Foto: Marcelo Gigante

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