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Cia. Teatro Inominável faz quatro sessões gratuitas da peça-filme ‘E a nave vai’ no YouTube; drama aborda descontrole passional

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Gunnar Borges (E), Andrêas Gatto e Márcio Machado contracenam em “E a nave vai” Foto: Felipe Quintelas/Divulgação

Para aqueles que se sentem em apuros diante de um conflito entre o racional e o emocional, um aviso: são grandes as chances de identificação com “E a nave vai”, espetáculo da Companhia Teatro Inominável que, por conta da pandemia, virou peça-filme para quatro apresentações no canal do próprio grupo no YouTube. Com acesso gratuito, a obra, que tem texto e direção de Diogo Liberano, fica em cartaz online entre quarta-feira (26) e sábado (29), sempre às 19h.

A trama gira em torno de dois homens que se apaixonam. Enquanto Gatão (Márcio Machado) é um quarentão que tem medo do passado, Mocinho (Gunnar Borges), então com seus trinta e poucos anos, tem medo do futuro. Interessados um no outro, mas movidos por interesses distintos, eles são o gatilho para a grande reflexão do espetáculo: o descontrole que muitas vezes acomete o ser humano diante de situações passionais – confira duas cenas da peça-filme mais abaixo.

Além dos dois, há ainda um terceiro personagem: a Nave (Andrêas Gato), o automóvel no qual Gatão e Mocinho se deslocam. Em meio aos dilemas que atravessam este (possível) casal, o veículo parece ser ali o mais lúcido e o único a enxergar aquilo que os outros dois não percebem.

A obra nasceu a partir de uma história vivida pelo próprio dramaturgo e diretor Diogo Liberano. Para a encenação, porém, a equipe de criação preferiu adotar uma remodelagem poética, a fim de aproximar do público questionamentos sobre como é possível (ou não!) lidar com afetos mais intensos.

Outra preocupação de Liberano foi deixar em aberto para cada espectador assistir à obra e fazer suas próprias conexões.

— Queremos que as pessoas se identifiquem, que pensem nas maneiras como os seres humanos se relacionam uns com os outros, e como nos machucamos. A gente confia na sensibilidade do espectador para completar uma história que, intencionalmente, não se mostra em sua completude — acrescenta o diretor.

“E a nave vai” estreou em 2019 na Itália e passou por diferentes cidades daquele país antes de se apresentar em Buenos Aires, na Argentina. No Brasil, a ideia era fazer uma temporada presencial agora em 2021, mas diante dos números ainda preocupantes da Covid-19, optou-se pelo audiovisual. Este, inclusive, é o primeiro projeto neste formato da Teatro Inominável.

Por medidas de segurança, os ensaios aconteceram através da plataforma Zoom, e o encontro da equipe se deu apenas nos três dias de filmagem.

— Era importante que a gente conseguisse transmitir todas aquelas emoções pelo Zoom, que a cena acontecesse mesmo que as possibilidades de criações do corpo estivessem limitadas — lembra o ator Gunnar Borges.

— Quando a gente se encontrou ao vivo para filmar, foi um desafio, já que a gente ainda não havia contracenado presencialmente, mas já tínhamos estabelecido uma troca bem intensa de afetos nesse período. Então, foi também bastante prazeroso — complementa Márcio Machado.

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