Quarenta e dois anos depois de estrear profissionalmente com a peça “Pequenos Burgueses” (1977), Elias Andreato decidiu colocar toda esta bagagem como ator, autor e diretor numa biografia. Na noite dessa terça-feira (17), o veterano paranaense, de 64, lança no Clube Manouche, no Jardim Botânico, “Elias Andreato, A Máscara do Improvável”. Além disso, na própria terça e também na quarta (19), ele fará ainda duas apresentações do monólogo “Arap”, em tributo ao também ator, dramaturgo e diretor Fauzi Arap (1938-2013), uma de suas referências profissionais (confira o serviço completo no fim da página).
A partir da trajetória e da obra do homenageado, Elias Andreato, que assina texto e direção do solo, sugere uma reflexão sobre como a arte e a educação podem ser fundamentais para a democracia de uma nação. Além desta importância, o espetáculo investiga o papel da palavra dentro de um processo terapêutico na sociedade.
— É uma reflexão sobre o nosso ofício e uma declaração de amor ao teatro. Escrever para mim mesmo, numa postura alquímica de transformação, é tudo que me resta e prezo de verdade. Quem sabe, o subproduto dessa empreitada poderá no futuro, ser útil não só a mim. Mas o que importa é abrir espaço contra a inércia que me vinha dominando — explica o ator.
Biografia
Escrito pelo jornalista Dirceu Alves Jr., a biografia “Elias Andreato, A Máscara do Improvável” (Editora Humana Letra, R$ 39) – que foi lançada em São Paulo em abril – recorda momentos importantes da história do artista, inclusive aqueles que poderiam ter mudado os rumos de sua vida, como a infância pobre, a saúde frágil e a formação cultural deficiente.
Depois de entrar para o teatro como camareiro e contra-regra de Antonio Fagundes, Elias Andreato – que também chegou a fazer TV e cinema, mas dedicou-se muito mais ao teatro – conseguiu engrenar na carreira artística, montando diversos espetáculos, e exercendo outras funções, como autor e diretor.
Na biografia, são relembrados ainda artistas que marcaram a trajetória de Andreato, como Paulo Autran (1922-2007), com quem dividiu o palco e dirigiu, e a cantora Maria Bethânia, que teria sido uma incentivadora indireta da paixão do ator pelas artes, depois que ele assistiu a um show dela, na primeira vez em que esteve num teatro, aos 17 anos.
SERVIÇO
Local: Clube Manouche/Casa Camolese
Endereço: Rua Jardim Botânico, 983 – Jardim Botânico.
Telefone: (21) 3514-8200
Sessões: Sessão de autógrafos do livro – terça (18) às 19h; sessões de “Arap” – terça e quarta (19) às 21h
Elenco: Elias Andreato
Direção: Elias Andreato
Texto: Elias Andreato
Classificação: Livre
Entrada: R$ 60 (inteira); R$ 45 (com 1 kg de alimento não perecível); R$ 30 (meia)
Funcionamento da bilheteria: Não informado
Gênero: Solo
Duração: 60 minutos
Capacidade: Não informada
* Segundo informações do teatro e/ou da produção do espetáculo