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Com Letícia Sabatella, peça promove ‘encontro fictício’ entre Edith Piaf e Bertolt Brecht no Teatro Prudential

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Fernando (E) e Letícia interpretam 18 canções acompanhados de uma banda Foto: Flavia Canavarro/Divulgação

Nascida na França em 1915, a cantora Edith Piaf morreu em 1963 sem nunca ter conhecido pessoalmente o dramaturgo, poeta e diretor alemão Bertolt Brecht, que viveu em seu país entre os anos de 1898 e 1956. Ícones do século XX, cada um em sua área, os dois vieram a ficar frente a frente décadas depois de morrerem num “encontro fictício” aqui no Brasil. Com Letícia Sabatella no papel da intérprete de “Je ne regrette rien”, a peça “A Vida em Vermelho – Piaf & Brecht” estreia no Teatro Prudential, na Glória, na próxima sexta-feira (05), às 20h.

Escrito por Aimar Labaki e dirigido por Bruno Perillo, o espetáculo, que passou por cidades de São Paulo e Minas Gerais antes de chegar à capital fluminense, leva ao palco ainda Fernando Alves Pinto como Brecht, além de um trio que toca instrumentos como piano, baixo elétrico, bateria e percussão. Juntos, os cincos apresentam ao público canções que fizeram sucesso na voz da francesa, além de outras do cancioneiro do alemão. Ao longo do repertório de 18 faixas, acontece num cabaré uma espécie de competição musical bem humorada entre a dupla.

— Eles tentam defender o personagem de que gostam mais e acabam mostrando um contraponto entre o racional de Brecht e o emocional de Piaf. O repertório deles é muito formador — explica Sabatella, que, assim como Fernando, interpreta outros personagens além dos citados no título.

Aliás, foi esse contraponto entre as personalidades de Brecht, que escreveu cerca de 60 peças de teatro ao longo da vida, e Piaf que motivou Labaki a escrever o texto de “A Vida em Vermelho”, no qual contesta o imaginário popular a respeito dos artistas.

— A gente tem a ideia do Brecht politizado e da Piaf romântica. Mas eles não cabem nessa caricatura — pondera o dramaturgo paulistano.

O diretor Bruno Perillo complementa, inclusive, chamando a atenção para uma associação entre o embate de ideias dos artistas e temas muito em voga no Brasil e no mundo atualmente.

— Brecht canta os marginais da sociedade. Piaf é uma verdadeira representante dos excluídos. O conflito de ideias entre Piaf e Brecht simboliza de alguma forma a intolerância e a dificuldade de aceitação de ideias diferentes, não só no Brasil, mas no mundo. A complexidade que é viver em sociedade. Como construir um coletivo de pessoas e ideias que possam habitar uma cidade, um país, com diferenças, mas num ambiente harmônico, da melhor forma — conclui.

Repertório

Alabama Song
Canção do Rio Moldau
Je m’en fous pas mal
Bilbao Song
La Java Bleue
La Foule
Goulante du Pauvre Jean
Paris
Balada da dependência sexual
Jenny e os piratas
My Ship
Mack the Knife
Hino ao Amor
La Vie en Rose
Millord
Non, Je ne Regrette Rien
A Quoi Ça Sert L’amour
Alabama Song (bis)

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