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Companhia Teatro Inominável comemora 10 anos de atividades com curta temporada de monólogo no CCBB

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Laura Nielsen interpreta Leonor, a protagonista do solo Foto: Diogo Liberano/Divulgação

Desde que foi fundada em 2008 na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Companhia Teatro Inominável já levou aos palcos cariocas três edições da Mostra Hífen de Pesquisa-Cena, seis espetáculos e duas performances. A fim de celebrar a atuante trajetória, o grupo montou a sua nona criação, o monólogo “Dentro”, que está em cartaz no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), no Centro. A curta temporada, que começou na última quarta-feira (24), vai somente até 26 de maio, com sessões de quarta a domingo às 19h30.

Envolvidos neste projeto estão três integrantes do Teatro Inominável: Diogo Liberano, que assina o texto; Natássia Vello, responsável pela direção; e Laura Nielsen, intérprete de Leonor, uma mulher de 40 anos que, na busca por uma jornada de autoanálise, convida o público para um evento com uma atmosfera mórbida.

Leonor retorna à casa onde foi criada com sua família disposta a tomar um cafezinho com algumas de suas antepassadas. O curioso é que estas mulheres estão mortas há algum tempo. Enquanto oferece o café aos espectadores e mostra a eles álbuns de fotos da família, ela busca resgatar memórias para poder entender melhor a sua própria história, questionando suas escolhas na vida e o lugar que ocupa hoje no mundo.

Por trás deste encontro entre a personagem e suas antepassadas está a ideia do autor de questionar o momento atual do Brasil a partir exatamente do passado do próprio país.

— Nesta criação, tocamos em momentos da história do Brasil para compreender melhor o instante que vivemos agora. Para isso, atritamos as histórias individuais dessas mulheres com a história oficial do país. Acreditamos que o encontro dessas narrativas possibilita uma interpretação mais crítica e sensível dos valores e morais que seguem vivos hoje em dia — explica Diogo Liberano.

Uma das contribuições que o dramaturgo teve para construir o texto saiu das mãos de Clarissa Menezes, assistente de direção. Ela apresentou à equipe uma carta escrita em 1944 por seu avô, na qual ele ditava para a então futura esposa, avó de Clarissa, como ela deveria se portar como mulher e sua namorada.

— Sentimos a necessidade de olhar para a nossa própria história e questioná-la. É fundamental enxergamos os nossos privilégios. Assumir os nossos preconceitos. E também observar e cuidar das nossas fragilidades — complementa Clarissa.

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