Fruto de um exercício de metalinguagem, o espetáculo “Duas Fridas” nasceu para falar de forças, fragilidades, medos e angústias femininos a partir de experiências vividas pelas próprias artistas envolvidas no projeto. A estreia acontece na quarta-feira da próxima semana, dia 18, no Midrash Centro Cultural, no Leblon. Com ingressos a partir de R$ 20 (meia), a peça fica em cartaz até 02 de abril, com apresentações também às quintas.
Com dramaturgia de Maíra Oliveira, direção de Gizelly de Paula e orientação cênica de Ana Kfouri, as atrizes Dayene Ruffo e Paula Lom refletem sobre mulheres que desistem ou têm sua artisticidade contestada por uma sociedade muitas vezes machista e misógina. Tal balanço, como o título já dá a entender, é feito tendo como pano de fundo de vida da artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954), que por muitas vezes abordou questões como feminismo e direitos iguais, entre outras ligadas às mulheres.
“Duas Fridas” – que não se apresenta como uma biografia, mas como “o pulsar da artisticidade feminina latino-americana” – começou a ganhar forma com leituras d’O Diário de Frida Kahlo, até reverberar na escrita de Paula e Dayene, que convidaram Maíra Oliveira para assinar a dramaturgia.