Busca
Menu
Busca
No data was found

Grupo Bestas Urbanas promove projeto virtual no Instagram inspirado em espetáculo adiado pela pandemia

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Os vídeos no Instagram são inspirados no texto da peça que estrearia após a pandemia Foto: Reprodução

O Grupo Bestas Urbanas estava se preparando para estrear seu mais novo espetáculo, batizado “Só percebo que estou correndo quando vejo que estou caindo”, mas os planos precisaram ser modificados, devido à pandemia do novo coronavírus e a consequentemente interdição dos teatros. A trupe, porém, não ficou parada e, atualmente, assim como muitos artistas, está usando a Internet para realizar um novo projeto, que, aliás, é inspirado na montagem cuja primeira temporada foi adiada.

A iniciativa se chama “Ideias para uma encenação futura” e consiste numa série de vídeos que supõem as cenas da peça durante a quarentena. Os episódios são lançados quinzenalmente na página do grupo no Instagram, sempre às quintas-feiras.

— Este projeto é uma continuação, agora no ambiente virtual, do espírito do grupo de compartilhar nossa criação com o público e não apenas mostrar o espetáculo pronto. Agora, com a impossibilidade do encontro, criamos uma série de vídeos a partir da dramaturgia da Lane. Cada ator em sua casa, influenciado pelo momento que estamos vivendo, cria um vídeo inspirado em questões que a peça nos estimula a pensar — explica o diretor Francisco Ohana.

Os ensaios de “Só Percebo que Estou Correndo” já estavam ocorrendo Foto: Renato Gonçalves/Divulgação

Antes do decreto de isolamento social no estado, elenco e direção já vinham realizando leituras e performances do texto de Lane Lopes, inclusive com participação do público, que interferiu no processo de criação. A trama começa com uma calcinha que estava no varal sendo levada pelo vento. Sua proprietária, Mônica, sai em busca peça e também de sua individualidade perdida. Ela procura por outras maneiras de existir num mundo onde o ser humano é hiperativo, hiperestimulado e está constantemente cansado.

— Vivendo em uma sociedade que lhe exige alcançar os melhores desempenhos, Mônica encontra, na busca por uma calcinha perdida, maneiras de se livrar de um cotidiano que a sufoca e enclausura – acrescenta a autora Lane Lopes, que, entre outras fontes para construir a dramaturgia, se inspirou na teoria “Sociedade do Cansaço”, do filósofo sul-coreano Byung-chul Han, que sugere que na tentativa de alcançar todas as metas possíveis, o homem está ficando  cada vez mais cansado mental e fisicamente.

 

Leia Também

No data was found
Assine nossa newsletter e receba todo o nosso conteúdo em seu e-mail.