A atriz e radialista Daisy Lúcidi faleceu na madrugada desta quinta-feira (07) no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde 25 de abril no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital São Lucas, em Copacabana, com Covid-19. Até o fechamento desta nota, ainda não havia informações sobre velório e sepultamento.
A causa do óbito é uma infecção causada pelo novo coronavírus. Assim, a artista é mais uma vítima da doença neste período de pandemia, que até esta quarta (06) registrava quase 13.300 casos confirmados e mais de 1.200 mortes.
No facebook, Cau Mendes, neto de Daisy, postou uma homenagem:
— Nesse momento de dor para tanta gente no mundo e tão triste também para nossa família, nos confortamos em saber que ela teve uma vida plena e feliz, cheia de amor, vitórias e realizações, e que seu legado sempre estará presente entre nós!
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Nascida no Rio de Janeiro em 10 de agosto de 1929, Daisy Lúcidi começou no teatro ainda criança. Aos 6 anos, ela foi acompanhar o pai nos ensaios de um espetáculo amador e acabou ganhando uma personagem na montagem que estreou no Teatro Dulcina. A partir daí, seguiu nos palcos, atuando em peças como “Sim, Quero” (1964), “Bigamia do Outro Mundo” (1971) e “A Última Sessão” (2017), entre outras.
Entre um espetáculo e outro, fez fama no rádio. Ao longo dos anos 1940 e 1950, fez parte do elenco de radionovelas em grandes emissoras Tupi, Globo e Nacional. Foi nesta primeira, inclusive, onde conheceu o jornalista esportivo Luiz Mendes (1924-2011), com quem foi casada por 64 anos.
Ainda no rádio, o qual dizia ser sua paixão, Daisy Lúcidi passou a comandar um programa próprio, a partir de 1971, na Nacional. Por longos 46 anos, ficou à frente do “Alô, Daisy”, que se propunha a denunciar problemas do dia-a-dia da cidade do Rio de Janeiro. Foi nesta época, inclusive, que decidiu entrar para a política. Foi vereadora e deputada estadual por 18 anos.
Antes disso, porém, ocorreu sua estreia na televisão, numa minissérie da extinta TV Rio. Já a primeira novela foi “Homem Proibido” (1967), na Globo. Desde então, participou de inúmeros folhetins na emissora carioca. Esteve também em “Super Manoela” (1974), “Bravo” (1975), “Casarão” (1976) e, após o intervalo para a dedicação ao rádio e à política, “Paraíso Tropical” (2007), “Passione” (2010) e ““Geração Brasil” (2014), sua última aparição na telinha.