Desde 2008, é comemorado em 06 de setembro o Dia Mundial do Sexo. Muita gente pode nunca ter ouvido falar na data, mas Álamo Facó, muito provavelmente, sim. Não à toa, estreia nesta quinta-feira (06), às 19h, na Sala Multiuso do Sesc Copacabana, o monólogo “Trajetória Sexual”. Responsável também pelo texto, ao lado de Renato Linhares e Gunnar Borges, e pela direção, o ator idealizou o espetáculo pensando em duas parcelas específicas da sociedade.
— Durante minha iniciação sexual, tive dúvidas e inseguranças. E percebo essas inseguranças no comportamento de jovens hoje. Há neles um enorme desejo por liberdade. E a ideia desta peça nasceu quando me vi amalgamado por esta geração e sua vontade de potência. E há, sim, uma parcela da sociedade violenta e numerosa, que deseja atropelar o indivíduo diferente dela. “Trajetória Sexual” foi criada para uma contemporaneidade dividida entre os que se apaixonam para além dos limites do gênero e os que condenam isso à aberração e doença. A peça é voltada para esses dois grupos e deseja diminuir as barreiras que os antagonizam — explica.
Segundo estudos, o Brasil é o país onde mais se mata gays e trans. A média seria de uma pessoa LGBTQ+ assassinada violentamente a cada 25 horas por aqui.
Em “Trajetória Sexual” – que encerra uma trilogia formada ainda pelos espetáculos “Talvez” (2012) e “Mamãe” (2016) – Álamo encarna um personagem identificado apenas como X, como se estivesse com a identidade mantida sob sigilo, por motivos de segurança. Assim, ele começa a compartilhar sua primeiras e variadas experiências sexuais. Entre os relatos, estão sexo com o melhor amigo, com desconhecidos, com a ex-namorada, o sexo com a amiga transgênero, o fisting, em estados variados de consciência, em lugares públicos e o sexo com amor.