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Peça sobre violência contra a mulher chega ao Teatro Poeira

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Ester e Fernanda estrearam com o espetáculo no primeiro semestre Foto: Nil Caniné/Divulgação
Ester e Fernanda estrearam com o espetáculo no primeiro semestre Foto: Nil Caniné/Divulgação

Duas personagens e um drama em comum: a violência contra a mulher. Com foco nos ataques que vitimaram milhares de mulheres na Guerra da Bósnia (1992-1995), mas sem deixar de contextualizar o problema nos dias atuais, o espetáculo “O Corpo da Mulher Como Campo de Batalha” está de volta ao circuito teatral carioca depois de ter estreado no primeiro semestre no Sesc Copacabana. Com ingressos a R$ 50 (inteira), a segunda temporada começa nessa quinta-feira (04/08), às 21h, no Teatro Poeira, em Botafogo.

Com texto do romeno Matei Visniec – traduzido por Alexandre David – e direção de Fernando Philbert, a montagem é protagonizada por Kate (Ester Jablonski), uma psicoterapeuta americana que trabalha como voluntária na guerra, e Dorra (Fernanda Nobre), uma refugiada bósnia que sofreu estupro. Mesmo em condições diferentes – uma como testemunha das atrocidades e a outra, vítima – elas tentam juntas superar seus traumas e seguir em frente. A tarefa, porém, não é fácil, já que acabaram de deixar um conflito no qual a principal tática para humilhar e desestabilizar a tropa inimiga era a violência sexual contra a mulher. Aliás, segundo relatos, mais de trezentos bebês nasceram em decorrência dos estupros cometidos durante o conflito.

No entanto, embora trate de um tema delicado e às vezes até assustador, o texto de Visniec, escrito ainda nos anos 90, não adota uma linha derrotista, mas, sim, um enfoque sobre a luta e a resistência femininas nas guerras e no dia a dia de uma forma geral.

Essa, inclusive, é apenas uma das característica do autor, que nasceu na Romênia em 1956, mas se naturalizou francês em 1987 quando pediu asilo político. Ele gosta também de lançar um olhar crítico sobre o autoritarismo e as contradições do ser humano.

– Descobri quando vim morar no Ocidente, que as pessoas podem ser manipuladas mesmo numa sociedade livre e democrática, e que isso pode ser feito em nome da liberdade e da democracia . Descobri que a luta pelo poder pode tornar-se um espetáculo grotesco, que a demagogia tem sutilezas que se pode facilmente confundir com reflexão filosófica; e que, o que é mais grave, a demagogia casa-se muito bem com os poderes das mídias – complementa o autor.

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