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Plano de reabertura do Rio: prefeitura divide fase 6 em duas, libera museus e galerias, mas mantém teatros e cinemas fechados

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Tempo estimado de leitura: 3 minutos
Os teatros da capital fluminense devem seguir fechados por cerca de mais um mês Fotos: Divulgação

Em entrevista coletiva realizada no fim da tarde desta segunda-feira (31), a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que a sexta e última fase do plano de reabertura da cidade passa a valer nessa terça (01/09), só que dividida em duas partes. Ao contrário do que dizia inicialmente, porém, a chamada 6A não vai autorizar a abertura total da cultura (mediante respeito às regras de ouro, como máscara, distanciamento etc.), já que por medidas de precaução contra a propagação do novo coronavírus, nem todas as atividades estarão liberadas – caso de teatros e cinemas, que talvez reabram só dentro de um mês, já que a previsão é que a fase vigente dure 30 dias. Por ora, estão permitidos museus, galerias de arte, centros culturais e bibliotecas.

Ao justificar a não permissão para espetáculos de teatro e sessões de cinema – que poderiam estar funcionando com restrições desde a fase 4, segundo a versão inicial do plano –  o médico e professor da UFRJ Celso Ramos, que esteve na coletiva ao lado do prefeito Marcelo Crivella e da secretária municipal de saúde Beatriz Busch, citou as prováveis aglomerações na entrada e na saída do público. O membro do Comitê Científico da prefeitura mencionou ainda o fato de os espaços serem fechados e um possível não respeito ao sistema de poltronas demarcadas.

— Nestes locais, é normal que haja filas para entrar. Além disso, mesmo com os assentos demarcados no interior, é quase impossível controlar depois que as luzes se apagam. E outro fator é que são locais fechados — explicou o médico.

Já sobre a opção por dividir a sexta etapa em duas, a prefeitura – que também manteve proibida a permanência de banhistas nas praias, que ficaram lotadas no fim de semana – explicou que procurou evitar a liberação de um número grande de atividades no setor cultural ao mesmo tempo.

— (A liberação total na cultura) poderia provocar um impacto maior nas curvas de contaminação. A 6B se caracteriza pelo final do plano. Logo após, entraremos num período, que denominamos conservador, que vai até, provavelmente, o ano que vem, quando já tivermos uma vacina — analisou Flávio Graça, superintendente da Vigilância Sanitária.

Segundo levantamento de um consórcio formado por veículos de imprensa (Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL) feito com secretarias estaduais de Saúde, o Rio é um dos três estados no país em alta atualmente no número de casos de Covid-19. E a capital segue disparada como a mais afetada: até este domingo (30), eram 90.345 casos confirmados e 9.634 óbitos. Tais estatísticas, inclusive, foram outro ponto que motivaram o comitê científico a aconselhar Marcelo Crivella a respeito da divisão da fase 6.

Setembro sem teatro

Desta forma, talvez tenha que se postergada a proposta da produtora cultural Aniela Jordan de reabrir os teatros Prudential e Riachuelo Rio, nos quais trabalha na gestão. Embora haja um decreto do governo estadual liberando teatros, a decisão final fica com cada município. E com a determinação da prefeitura de deixar salas teatrais para a fase 6B, é provável que espetáculos teatrais permaneçam proibidos por um mês.

Por fim, a prefeitura anunciou ainda na coletiva, que salões de festas infantis podem reabrir, desde que com um terço da capacidade apenas. Já espaços para eventos de adultos permanecem vetados. No caso de cursos profissionalizantes e de capacitação, geralmente oferecidos por empresas ou instituições, estão liberadas aulas presenciais mediante respeito a medidas de segurança e afastamento.

ERRATA: ao contrário do que informamos inicialmente, a fase 6A passa a valer nessa terça (01/09) e não nesta segunda (31)

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