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‘Por que não começar o ano ajudando?’, diz gestor do Petra Gold sobre ceder o palco a peças contempladas na Lei Aldir Blanc

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Tempo estimado de leitura: 3 minutos
O Petra Gold vai oferecer toda a sua estrutura às produções Fotos: Divulgação

Após muita espera e angústia, os artistas e produtores contemplados pela Lei Aldir Blanc, finalmente, começaram a receber nesta semana, da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa (Secec), os recursos do texto aprovado em 29 de junho – boa parte deles já recebem, mas um grupo de cerca de 200 ainda vão ter que aguardar pelo “restos a pagar”. No entanto, o alívio segue dando lugar à tensão, já que caso não executem seus trabalhos dentro de um curto espaço de tempo (até março), estes profissionais correm o risco até de ter que devolver a verba. Mas, pelo menos para os que têm trabalhos ligados ao teatro, surge uma luz no fim deste túnel de apreensão.

Primeiro teatro no Rio de Janeiro a receber público novamente após o fechamento total que durou mais de seis meses por conta da pandemia, o Petra Gold vai abrir suas cortinas para receber espetáculos montados com recursos da lei federal. A proposta é dar a oportunidade a estas produções de serem realizadas, com o menor custo possível. Serão oferecidos o palco e toda a estrutra já existente na sala, como equipamentos de som e luz, além daqueles adquiridos durante a pandemia para transmissão online e filmagem das sessões, para o caso das peças que optem por este formato virtual. A despesa ficará por conta apenas do cachê dos técnicos e demais funcionários envolvidos, afinal, direta ou indiretamente, levar renda a profissionais da cultura é o propósito da Aldir Blanc, – que destinará um total superior a R$ 3 bilhões para auxílio emergencial ao setor em todo o país, sendo R$ 104 milhões ao estado do Rio, dos quais R$ 39 milhões vão para a capital.

Já as apresentações, diante da urgência que os produtores têm para tirar seus projetos do papel, acontecerão em fevereiro e março, meses que, inclusive, já estavam com a programação preenchida por outros espetáculo. A administração, no entanto, conversou com as produções já agendadas, que concordaram com a mudança – assim como a empresa que patrocina o espaço.

André Junqueira é o curador do Petra Gold

— Todos foram super solícitos. E por que não começar o ano ajudando a estas pessoas que demoraram tanto tempo para ter o projeto contemplado? E que agora, estão correndo o risco de  ter que devolver a verba se não cumprirem o cronograma até março. Foi uma forma que a gente achou de, neste momento, se colocar novamente a serviço da arte e da cultura. — ressalta o ator André Junqueira, curador do Petra Gold, falando “novamente” porque em julho passado o Petra Gold já havia lançado um programa de teatro online para arrecadar recursos e ajudar artistas e técnicos.

De acordo com o chamado público do Petra Gold, os produtores interessados têm só até às 22h de sexta-feira (29) para entrar em contato com a curadoria enviando o projeto na íntegra através do e-mail aldirblanc@teatropetragold.com.br. A seleção dos espetáculos será feita a partir de informações enviadas pelo produtores. Entre elas, as datas desejadas (a quantidade para cada peça deve variar entre uma e três), a quantidade mínima de apresentações e o formato (se online, presencial ou ambos).

André Junqueira adianta que não será possível receber todos os espetáculos, por causa da grande procura – muitos inclusive, já tinham procurado o gestor antes do lançamento do chamado público. No entanto, garante que vai procurar atender ao máximo possível de produtores, ajudando à cadeia teatral a se manter ativa, mesmo num momento com tantos obstáculos.

— Cumprindo com nosso ofício no teatro, que é disseminar a cultura não só pelo Rio de Janeiro, mas por todo o país – encerra.

Confira abaixo o chamado púbico do Teatro Petra Gold na íntegra:

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