A prefeitura do Rio de Janeiro lança na manhã dessa quarta-feira (23) o programa Aprendiz Cultural, que prevê levar a 500 jovens, entre 18 e 24 anos, renda e formação técnica ligada ao setor cultural. A cerimônia, que vai contar com as presenças do prefeito Eduardo Paes e do secretário municipal de cultura Marcus Faustini, será realizada no MAR, o Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá.
— Na Cultura, ninguém fica para trás, muito menos os jovens. Será um ano de aprendizagem nas áreas de luz, som e etc., para depois eles estarem preparados para trabalharem em grandes eventos. A cultura não é só para artistas — afirma Faustini, que tem percorrido bairros do subúrbio carioca a fim de entender melhor as necessidades da população mais humilde em relação à cultura.
Com início previsto para outubro, o programa terá duração de 12 meses, período no qual os jovens selecionados terão aulas teórica e prática sobre técnicas de luz, som e gestão de equipamentos culturais. Além disto, para reduzir o impacto da situação de vulnerabilidade social que se agravou para os jovens durante a pandemia, o Aprendiz Cultural vai oferecer também bolsas mensais de R$ 800 e vale-transporte.
Serão aceitas inscrições de jovens sem emprego formal ativo, que não tenham concluído o Ensino Médio e que morem na cidade do Rio – de preferência em periferias, favelas e subúrbio e/ou em situação de vulnerabilidade social.
Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, será feita em julho uma chamada para organizações da sociedade civil que se interessem por executar o programa. Ainda de acordo com a SMC, a meta é certificar 5 mil jovens de forma virtual até 2024.
— A cultura carioca, além de ser um celeiro de artistas, é também um caminho de profissionalização para a juventude. O Carnaval, por exemplo, além do desfile, possui diversos profissionais que trabalham para dar vida ao longo do ano à maior festa cultural carioca. Operar som, luz e fazer gestão cultural são algumas das formações profissionais possíveis — complementa Faustini.