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Prêmio Aptr: gafe em entrega de prêmio, homenagem a Marieta Severo e ‘Grande Sertão: Veredas’ são destaques

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Tempo estimado de leitura: 3 minutos
Todos os vencedores posam no palco do Teatro Prudential após a cerimônia Fotos: Luiz Maurício Monteiro

A noite desta terça-feira (28) ficou marcada pela última premiação dedicada exclusivamente ao teatro do Rio de Janeiro. Depois de muita espera – afinal, estas premiações costumam ocorrer nos primeiros meses do ano – foi realizado no recém-inaugurado Teatro Prudential (antigo Manchete), o XIII Prêmio Aptr (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro), que, entre os cerca de 350 espetáculos apresentados nos palcos cariocas em 2018, acabou consagrando “Grande Sertão: Veredas” como o maior vencedor. Apresentada pela dupla Marco Nanini e Drica Morais, a festa, que também homenageou Marieta Severo e ficou marcada por uma gafe da organização na entrega do prêmio de Atriz em Papel Coadjuvante, terminou com quatro troféus no total para a peça dirigida por Bia Lessa.

A adaptação teatral do famoso romance de Guimarães Rosa (1908-1967), que estreou em janeiro do ano passado no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), faturou as seguintes categorias: Cenografia, com Camila Toledo e colaboração de Paulo Mendes da Rocha – nesta houve empate com Daniela Thomas por “Romeu e Julieta”; direção, com Bia Lessa; Ator, com Caio Blat – mais um empate, agora com Bruce Gomlevsky por “Memórias do Esquecimento”; e Espetáculo.

Além de “Grande Sertão: Veredas”, outras oito peças foram premiadas entre as 13 categorias em disputa. Destaque também para “Romeu e Julieta”, que ficou com três troféus, e “A Invenção do Nordeste”, “Memórias do Esquecimento” e “Elza”, com duas vitórias, cada (confira a lista completa de vencedores no fim da página).

A comissão julgadora do prêmio foi formada por Daniel Schenker, Bia Radunsky, Marian Siman, Macksen Luiz, Lionel Fischer, Rafael Teixeira, Renata Magalhães, Rodrigo Fonseca, Tania Brandão, Wagner Corrêa e uma comissão da própria Aptr.

Homenagens

Além da festa pelos premiados, a noite, como de praxe em premiações, ficou marcada pela emoção. Primeiro, com o vídeo exibido no telão que homenageou artistas falecidos recentemente, como Beatriz Segal, Bibi Ferreira, Caio Junqueira, Domingos Oliveira, Eloísa Mafalda e Lucio Mauro, entre outros. Outro momento que arrancou muitos aplausos foi o discurso da veterana Nicette Bruno que, aos 86 anos, foi premiada na categoria Especial por sua participação no musical “Pippin” e sua trajetória artística no teatro de um modo geral (assista ao discurso de Nicette e de outros vencedores no vídeo mais abaixo).

Entretanto, a homenagem maior da noite foi para Marieta Severo, que, aos 72 anos, está comemorando 54 de teatros, com mais de 30 peças no currículo, além da gestão do Teatro Poeira, ao lado da parceira de longa data Andréa Beltrão. O tributo começou com uma surpresa, a participação da cantora Elba Ramalho, que fez questão de estar presente cantando a música “O meu amor”, que, aliás, já apresentou com a homenageada. Em seguida, subiram ao palco a própria Andréa Beltrão e o diretor Aderbal Freire Filho, colega de profissão e companheiro de Marieta.

Já emocionada, Marieta também foi ao palco fazer seu discurso. Acompanhada de alguns parentes – uma das filhas, Silvia Buarque, inclusive, foi lhe entregar o troféu – a atriz enalteceu sua família e a paixão pelo teatro, no qual, garantiu, pretende trabalhar ainda por muito tempo (assista ao discurso no vídeo abaixo).

Gafe

E se a participação de Elba Ramalho na homenagem a Marieta estava prevista, o mesmo não se pode afirmar sobre a confusão na entrega do prêmio de Atriz em Papel Coadjuvante. Na hora do anúncio, veio a constatação: houve um equívoco da organização, que colocou no envelope o nome de Stella Miranda, em vez do de Stella Maria Rodrigues, a verdadeira vencedora.

Passada a gafe, as duas foram chamadas ao palco, e Stella Miranda, que inicialmente tinha sinalizado que não subiria ao tablado, acabou levando a situação com bom humor. A atriz, no entanto, aproveitou a oportunidade para fazer um discurso engajado também, assim como outros que receberam o prêmio na noite, que foi exatamente assim: um misto de leveza e crítica.

LISTA DE VENCEDORES

MÚSICA
Pedro Luís, Antônia Adnet e Larissa Luz por “Elza”

ILUMINAÇÃO
Felício Mafra por “Memórias do Esquecimento”

FIGURINO
João Pimenta por “Romeu e Julieta” e “Dogville”

CENOGRAFIA
Camila Toledo com colaboração de Paulo Mendes da Rocha por “Grande Sertão: Veredas” e Daniela Thomas por “Romeu e Julieta”

ATRIZ EM PAPEL COADJUVANTE
Stela Maria Rodrigues por “Romeu e Julieta” e Stela Miranda por “O Frenético Dancin’ Days”

ATOR EM PAPEL COADJUVANTE
Robson Medeiros e Mateus Cardoso por “A Invenção do Nordeste”

DIREÇÃO
Bia Lessa por “Grande Sertão: Veredas”

AUTOR
Pablo Capistrano e Henrique Fontes por “A Invenção do Nordeste”

ATRIZ EM PAPEL PROTAGONISTA
Amanda Acosta por “Bibi, uma Vida em Musical”

ATOR EM PAPEL PROTAGONISTA
Bruce Gomlevsky por “Memórias do Esquecimento” e Caio Balt por “Grande Sertão: Veredas”

ESPECIAL
Nicette Bruno por sua participação em “Pippin” e trajetória artística no teatro

ESPETÁCULO
“Grande Sertão: Veredas”

PRODUÇÃO
Sarau Agência de Cultura Brasileira por “Elza”

Vencedores nas categorias Ator e Atriz, Bruce Gomlevsky e Amanda Acosta “brindam” com o troféu Aptr
Bia Lessa, Marieta Severo, Nicette Bruno e Amanda Acosta após a premiação

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