Com texto da dupla de filósofos Alexandre Costa e Patrick Pessoa, e direção de Daniela Amorim, a peça “Labirinto” volta à cena teatral carioca para uma temporada popular – com ingressos a partir de R$ 15 (meia) – no Centro Cultura Justiça Federal, na Cinelândia. A estreia acontece nesta sexta-feira (07), às 19h. Encenada por Otto Jr., Rodrigo dos Santos e Paula Calaes, idealizadora do projeto, a montagem subverte o enredo original do embate mítico entre Teseu e o Minotauro, dando voz a personagens secundários.
De acordo com a mitologia grega, o Minotauro, criatura com cabeça de touro e corpo de homem, nasceu de uma punição. Contrariado por uma desobediência de Minos, rei de Creta, Poseidon, o deus do mar, faz com que sua esposa, Pasífae, se apaixone por um touro. Dessa relação, Minotauro é concebido.
Por ser fruto de um adultério, o ser exótico acaba isolado num labirinto a mando de Minos. Vitorioso na guerra contra Atenas, ele faz com que os atenienses enviem anualmente ao local 14 jovens que servirão de alimento para a criatura. Filho do rei de Atenas, Teseu entra para a expedição a fim de matar o Minotauro e libertar sua cidade da submissão a Creta. No palco, os outros 13 jovens também ganham voz, transparecendo todos os sentimentos aflorados por tal aventura.
Desde sua origem, o célebre encontro entre Teseu e o Minotauro inspirou obras de diferentes autores como Nietzsche, André Gide, Gilles Deleuze, Julio Cortázar, Jorge Luis Borges e Sarah Kane.