Busca
Menu
Busca
No data was found

‘Qual é Meu Nome, Mamãe?’ alcança a rara beleza da simplicidade a partir da junção de 3 linguagens elaboradas

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Site de notícias e entretenimento especializado no circuito de teatro do Rio de Janeiro
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Em cartaz no Teatro Municipal Maria Clara Machado, “Qual é Meu Nome, Mamãe?” traz narrativa sensível, de fácil acompanhamento e assimilação, a partir de uma estética muito bonita, baseada na manipulação de bonecos e na ausência de falas.

Livremente inspirada na obra de Kate Milner, “My name is not Refugee” (Meu nome não é Refugiado, em tradução livre), a peça suscita identificação através do sentimento de não pertencimento, mas sem forçar a barra em nenhum momento. A partir de uma narrativa que lembra muito a arte dos contadores de história, a jornada dos protagonistas é exposta com calma, de modo que sua condição e as emoções que ela provoca sejam desenhadas com clareza – ao invés de gritadas, religiosamente, para o espectador (como normalmente se faz).

O cenário de Miguel Araújo e Vida Oliveira traz três estruturas que auxiliam na ambientação, servem de coxias para os atores trabalharem os bonecos que virão à cena, e ainda funcionam como base para projeções.

O figurino de Luiza Sussekind e Vida Oliveira veste de preto os atores, de modo que a diferença entre manipuladores e personagens fica evidente, o que é especialmente notável quando dois ou três atores manipulam o mesmo boneco.

Cenário, figurino e bonecos têm caráter artesanal e nostálgico, lembrando a infância de antes dos anos 1990, principalmente no interior do país.

Calcada na aparência de simplicidade em cada um de seus elementos, “Qual é Meu Nome, Mamãe?” revela-se muito mais elaborada do que um primeiro olhar pode concluir. Conceber uma cena sem falas, apenas com sons incidentais (gemidos, reações, etc.) já seria uma empreitada teatral por si só. O mesmo deve ser dito sobre a manipulação de bonecos, que é uma técnica complexa, que requer atores preparados, confecção, treino, manutenção… Como se não bastasse a opção por unir estas duas linguagens, a equipe ainda escolheu um tema sensível para abordar, além de temperar tudo com uma pincelada bucólica que tem um lugar cativo no imaginário coletivo. Imperdível para todos os públicos e idades!

Um abraço e até domingo que vem!
Dúvidas, críticas ou sugestões, envie para pericles.vanzella@rioencena.com.

Leia Também

No data was found
Assine nossa newsletter e receba todo o nosso conteúdo em seu e-mail.