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‘Revisitando Tebas’ mistura história do Brasil e mitologia grega em curta temporada no Teatro Maria Clara Machado

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Xando Graça atua e também assina a direção do espetáculo Foto: Paula Kossatz/Divulgação

É possível encontrar pontos em comum entre a mitologia grega e a história do Brasil? O monólogo “Revisitando Tebas” estreia nesta sexta-feira (07), às 21h, no Teatro Maria Clara Machado, no Planetário da Gávea, para provar que a resposta pode ser “sim”. No palco, o ator Xando Graça interpreta o texto do dramaturgo Fávish, com quem também divide a direção. A temporada vai só até 30/09 com sessões em dose dupla aos sábados e domingos: às 19h e às 21h

Nesta mescla, que inclui ainda uma dose de arte contemporânea, Xando Graça interpreta um militar reformado, que serviu ao Rei Édipo, à Rainha Jocasta e ao irmão dela, o General Creonte. Este, aliás, assumiu o trono depois das tragédias envolvendo o casal mais famoso da mitologia grega.

A partir deste mito, o solo trata de temas como a ascensão do regime patriarcal sobre o matriarcal e excessos cometidos em nome da “segurança e da ordem” – com enfoque no Brasil entre 1964 e 2018. A ideia é esmiuçar modos, instrumentos e recursos que, na visão dos idealizadores Xando e Fávish, têm estabelecido abusos por parte de regimes ditatoriais nas democracias contemporâneas.

— Penso que a peça é para isso: nos chamar atenção para o conflito, nos tirar do conforto, nos jogar para o confronto. Décadas se passaram, e, novamente, a serpente saiu do ovo. É preciso trazer a serpente para o meio da ágora e, corajosamente, apontar-lhe o dedo, para que todos a vejam, tal como é. Ou será mais prudente permanecermos em casa, assistindo nossa TV, enquanto as bombas não começam a estourar na rua e o cheiro do gás não chega pela janela? — provoca o autor Fávish.

— “Revisitando Tebas” nasce como uma síntese das muitas crenças que venho acumulando nos 35 anos em que faço teatro. Crença de que é necessário cada vez mais refletir sobre o nosso tempo, o mundo onde nos cabe viver, a nossa inserção como atores em uma sociedade que cada vez mais reafirma o seu pacto com a violência, com a desigualdade, com a exclusão — complementa Xando.

Ao contrário do que costuma ocorrer no Maria Clara Machado, onde o público senta na semi-arena ao redor do palco, em “Revisitando Tebas”, Xando Graça recebe os espectadores e os convida a se sentar no próprio cenário, que representa um ateliê de pintura, onde o personagem único da montagem discorre sobre suas vivências.

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