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Sobre o caos no transporte público do Rio, ‘O Clássico Êxodo’ faz curta temporada no Sesc Copacabana

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
O espetáculo é uma produção do Coletivo Arame Farpado Fotos: Matheus Affonso/Divulgação

 Os espectadores que forem ao Sesc Copacabana assistir ao espetáculo “O Clássico Êxodo”, que estreia no dia 05 de março (quinta), dificilmente não se identificarão com o que está sendo tratado no palco. Afinal, são milhões os cariocas afetados diariamente pelo caos que toma conta, há anos, do transporte público do Rio de Janeiro, tema central da peça que fica em cartaz somente até 29 do mesmo mês.

Em média, o carioca passa, aproximadamente, 1h30 por dia dentro de trens, ônibus e afins. Isso sem falar na falta de manutenção, de higiene, de ar condicionado e, claro, na espera por uma condução, que pode chegar a 19 minutos. Dados como estes levaram o Rio ser eleito, em 2018, por um estudo da instituição de pesquisa Expert Market, como o pior sistema de transportes do mundo, dentre 74 cidades avaliadas.

Ao refletir sobre o caos no transporte público do Rio, a peça fala em desigualdades urbanas

Fruto de um estudo do Coletivo Arame Farpado sobre o assunto, o espetáculo passa por momentos que levaram a capital fluminense a ficar com esta nada honrosa posição. Entre eles, os seguidos aumentos da passagem de ônibus, que fizeram estourar as históricas manifestações de 2013; a CPI dos ônibus, em 2018; a prisão do empresário Jacob Barata Filho, considerado o “Rei dos Ônibus”. 

Incrementada por suportes audiovisuais e cênicos e lançando mão de uma abordagem recheada de humor, crítica e deboche, a montagem não se limita a falar apenas em problemas como falta de conforto e reflete mais profundamente sobre a questão ao apontá-la como um fator que contribui para as desigualdades urbanas. 

Ficção x realidade

Além das apresentações em si, o coletivo vai promover uma forma de interação. A cada noite, um dos atores estará atrasado em tempo real, e os demais do elenco se encontrarão na plateia tentando concluir uma peça. Ao mesmo tempo, estarão monitorando as redes sociais do atrasado, que serão projetadas no palco. 

Enquanto isso, durante o trajeto, o artista que ainda não chegou estará fazendo uma intervenção urbana pesquisando a relação entre ficção e realidade, a CPI dos Ônibus e a relação com os transportes públicos.

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