Busca
Menu
Busca
No data was found

Sobre o drama dos refugiados, ‘Kondima’ reestreia na Lapa com ingressos mediante ‘contribuição consciente’

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
A peça fala dos sonhos, perdas e medos dos refugiados Fotos: Julio Ricardo/Divulgação

Um relatório de tendências globais divulgado pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur), apontou que em 2017 houve pela quinta vez seguida um recorde no número de pessoas que tiveram que deixar seus lares. De um total de 68,5 milhões, uma fatia de 16,2 milhões eram de refugiados, que fugiram dos países onde nasceram devido a todo dia violência: guerras civis, perseguições, abusos sexuais, violação dos direitos humanos etc. Diante destes dados alarmantes, que estão sendo cada vez mais falados ao redor do mundo, a Troupp Pas D’argent estreou no segundo semestre do ano passado “Kondima – Sobre Travessias”, seu quinto espetáculo, que está de volta ao circuito carioca de teatro.

Desta vez, o grupo cumpre temporada na Sede das Cias, na Lapa, onde estreia nesse sábado (04/05), às 20h, seguindo somente até o próximo dia 26, com apresentações também aos domingos, no mesmo horário. Pelo ingresso, será cobrada uma contribuição consciente, ou seja, cada espectador paga o que achar justo.

A fim de abordar o assunto a partir do olhar dos próprios refugiados, a peça é apresentada por quatro personagens que deixam seus países em busca de sobrevivência e paz. Numa travessia arriscada a bordo de embarcações em péssimo estado e superlotadas, eles veem sua força, seus medos, seus sonhos e a perda deles serem potencializados.

Estes quatro personagens – interpretados por Carolina Garcês, Natalie Rodrigues, Orlando Caldeira e Ruth Mariana – representam a população de refugiados, formada por homens, mulheres e crianças – a parcela de menores de idade no estudo, aliás, seria de 52%.

Do total de refugiados, a maior parcela no ano passado partiu da Síria. Cerca de 6,3 milhões de sírios tomaram a decisão de fugir em 2017, seis anos após o início da guerra civil que assola o país localizado na Ásia Ocidental.

Natalie Rodrigues (E), Carolina Garcês e Orlando Caldeira em cena de “Kondima”

Outra estatística chocante acontece na República Democrática do Congo, na África, onde uma média de 48 mulheres são estupradas dentro do período de uma hora. Muitos dos casos acontecem como arma de guerra, quando homens de um determinado lado, para atingirem de alguma forma as tropas adversárias, violentam sexualmente mulheres do outro lado.

Já na Venezuela, que vive crises econômica e política no atual mandato do presidente Nicolás Maduro, mais 111 mil pessoas apresentaram novos pedidos de asilo, pensando em se mudarem para outros países, entre eles, o Brasil, um dos destinos mais procurados pelos venezuelanos.

A título de curiosidade, Kondima, título do espetáculo, significa acreditar no dialeto Ligala, muito falado em tribos da Angola e da República Democrática do Congo.

 

Leia Também

No data was found
Assine nossa newsletter e receba todo o nosso conteúdo em seu e-mail.