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Solo ‘sobre a maldade’ com Thelmo Fernandes, ‘Diário do Farol’ realiza curta temporada no Sesc Copacabana

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Thelmo Fernandes interpreta um homem dissimulado e inescrupuloso Foto: Divulgação

“Diário do Farol – Uma Peça Sobre a Maldade” é um exemplo clássico de quando o subtítulo de um espetáculo diz muito sobre o que aguarda o público. Inspirado no romance “O Diário do Farol” (2002), de João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), o solo protagonizado por Thelmo Fernandes estreia no Sesc Copacabana na próxima quinta-feira (29), às 20h, apresentando um protagonista para lá de sombrio.

Inspirado nas tragédias de William Shakespeare e também nas gregas, o personagem logo aguçou o faro de homem do teatro de Domingos de Oliveira (1936-2019), responsável por levar o texto das páginas para os palcos – esta é a segunda montagem de “O Diário do Farol” nos teatros, sendo o primeiro solo; a primeira ocorreu em 2011. Ao apresentar o projeto ao diretor Fernando Philbert, em 2014, o dramaturgo, já resumindo o projeto, disse que se tratava de uma peça sobre a maldade.

Tamanha crueldade, claro, está presente da figura de um sujeito dissimulado, capaz de matar, torturar e cometer outras barbáries, e ainda se orgulhar disto. Logo na chegada dos espectadores, o personagem os recebe com a seguinte frase: “não se deve confiar em ninguém”. Esta, aliás, é outra sentença que explica a proposta do monólogo, que chama atenção para o fato de pessoas com tal perfil maléfico estarem em qualquer lugar, seja nas ruas, nos transportes públicos ou até num cargo de liderança.

Depois de sugerir aos espectadores que não confiem em ninguém, o homem, entre sombras e fachos, ondas de rádio e falas gravadas do próprio ator, começa a discorrer sobre sua história e motivações para o comportamento errático. Além de atribuir à vaidade a origem de todos os seus pecados, ele recorda passagens como a relação pouco afetuosa com o pai; a jornada pelo seminário, onde prestava favores sexuais em troca de privilégios; o trabalho de informante no Dops, a temida polícia do governo militar e outras mais. Um homem sem limites ou pudores, o protagonista talhado para uma peça sobre a maldade.

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