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‘Tatá, o Travesseiro’: infantil sobre adoção, bullying e outros temas delicados é boa pedida para curtir em casa

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35 anos, bacharel em Artes Cênicas pela UNIRIO, licenciada em Letras pela Estácio de Sá, atriz, escritora, tradutora e ávida leitora nas horas vagas.
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Se você está em casa e não tem mais ideia do que fazer com seus pequenos, tente entrar no site Espetáculos Online na parte Infantil. Claro que é mais fácil pegar um aparelho eletrônico e deixar que seus filhos, sobrinhos ou netos naveguem como quiserem pela Internet e não perturbem, afinal, essa pandemia está durando muito tempo para todos nós. Mesmo com grande conteúdo disponibilizado nas mais diversas plataformas de streaming online, se eu já estou de saco cheio do que me é oferecido, não consigo imaginar quem está com criança em casa.

Alias, consigo sim. Mas só um pouquinho. Essa semana tive o prazer de dividir meu tempo com meu sobrinho, de sete anos, que veio visitar. Ele também está sentindo falta de ir ao teatro comigo. Foi daí que lembrei dessa linda peça que me emocionou e me divertiu no começo do ano, na época que eu ainda assistia peças dentro de um teatro fechado.

“Tatá, o Travesseiro”, que está disponibilizada no site Espetáculos Online, conta a deliciosa estória de um tímido e introspectivo menino se adaptando às suas novas vida e jornada para recuperar seu melhor amigo Tatá. Na minha humilde opinião, vale muito a pena. Não só para dar essa oportunidade de apresentar algo diferente para os pequenos assistirem na televisão e em seus aparelhos eletrônicos, como também para não deixar que as crianças se esqueçam das peças de teatro.

‘Tatá, o Travesseiro' conta sua história através de manipulação de bonecos Foto: Divulgação

Com texto e dramaturgia de Andrea Batitucci, Patricia Von Studnitz e Gustavo Bicalho, que também assina a direção junto a Henrique Gonçalvez, ‘Tatá, o Travesseiro’ cria um universo lúdico com bonecos, mascaras e teatro de sombra para contar essa linda e delicada história que traz assuntos pouco abordados em teatro infantojuvenil. Fernanda Sabino e Henrique Gonçalvez fazem bom uso do figurino na composição da peça tão bem utilizado quanto o cenário de Karlla de Luca.

Toda a delicadeza dos bonecos, muito bem executados e manipulados, se destaca nos temas que a história nos mostra, sem ser repetitivo ou cansativo. Lidamos com adoção, separação de pais, bullying na escola, e claro, a aventura dentro do quarto da criança atrás do seu melhor amigo, o que me fez lembrar das minhas brincadeiras infantis no meu próprio quarto.

Alexandre Scaldini, Edeilton Medeiros, Lívia Guedes, Márcio Nascimento, Marise Nogueira e Tatá Oliveira são os atores que tomam conta de toda a manipulação dos bonecos em cena, guiada pela narração de Cleiton Rasga. Poliana Pinheiro e Rodrigo Belay trazem para o espetáculo uma luz tão linda e delicada como toda a peça, a iluminação completa e o cenário com seus recortes de espaço. Nesta narrativa, a luz vira quase que mais um personagem, que assusta, ampara e nos guia pelo universo criado em cena.

Um aperto de mão efusivo e até a próxima semana.
Dúvidas, críticas ou sugestões, envie para luciana.kezen@rioencena.com.

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