Fechado desde 2000, o Teatro Manchete, agora batizado como Teatro Adolpho Bloch, será reaberto nesta semana. Com capacidade para 400 espectadores e toda reformada, a sala, que fica dentro do edifício Manchete, na Glória, recebe a partir de sexta-feira (04), às 20h, o espetáculo “O Musical da Bossa Nova”, que celebra os 60 anos do surgimento do movimento musical, que tem Tom Jobim e Vinícius de Moraes como principais nomes.
Projetado por Oscar Niemeyer em estilo modernista, o edifício Manchete era sede do canal de TV e da revista de mesmo nome e de todos os veículos da Bloch Editores. Em 2000, com a falência do grupo, o imóvel foi desocupado, o que culminou no fechamento do teatro. Já em 2010, a BR Properties, empresa de investimento em imóveis comerciais, comprou o prédio para a construção de um edifício-garagem, mas manteve o equipamento cultural, inaugurado em 1973 com “O Homem de La Mancha”, espetáculo da Broadway, que no Brasil foi encenado por Paulo Autran, Bibi Ferreira e Grande Otelo.
A sala, que vinha sendo utilizada para gravações e eventos fechados, acabou de ser reformada em 2012. Entre as novidades da restauração, estão os 400 assentos que receberam estofamento com veludo cor de vinho. A fim de saber mais informações sobre a reforma, como custos e outras melhorias, o RIO ENCENA procurou a Aventura Entretenimento, que terá a responsabilidade do teatro pelos próximos seis meses, mas não obteve retorno até o fechamento desta nota.
O espetáculo
Com direção de Sérgio Módena, que também assina o texto com Rodrigo Faour, o musical é encenado por um elenco de 10 atores, entre eles, Claudio Lins, que possui larga experiência no gênero, com 10 espetáculos no currículo.
Dividida em quatro partes, a peça passa a limpo a história da Bossa Nova, desde a origem até a exportação para outros países, passando por curiosidades como os costumes dos artistas da época e os lugares onde se encontravam para criar, além, é claro, dos principais clássicos do estilo musical. Na trilha sonora, estão “Samba de uma nota só” (Tom Jobim e Newton Mendonça), “Ela é carioca” (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), “Samba da minha terra” (Dorival Caymmi), “O Barquinho” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), “Chega de saudade” (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), “Minha namorada” (Carlos Lyra e Vinícius de Moraes), “Garota de Ipanema” (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), “Samba de Verão” (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), “Mas que nada” (Jorge Ben), entre outras.