O Broadway League, grupo que representa produtores e proprietários de teatros do famoso circuito teatral de Nova York (EUA), comunicou que as salas por lá vão reabrir apenas em 06 de setembro. A notícia foi dada pela agência Reuters. Vale ressaltar que os teatros da Broadway fecharam no dia 12 de março devido à pandemia do novo coronavírus, portanto, na mesma semana em que o governador Wilson Witzel decretou a quarentena no Rio de Janeiro como medida para reduzir a propagação da doença – o que levou à imediata interdição dos palcos por aqui também.
A princípio, a data para a retomada da programação teatral na Broadway estava marcada para 07 de junho. Porém, com o ainda perigoso avanço da Covid-19 no estado de Nova York – somando cerca de 340 mil casos confirmados e 22 mil mortes, segundo dados da Wikipedia – ficou decidido o adiamento da reabertura.
Já aqui no estado do Rio de Janeiro, onde são registrados mais de 19 mil infectados e quase 2 mil óbitos, segundo a Secretaria de Saúde, ainda não há previsão para a liberação dos teatros. Uma fonte que vem mantendo contato frequente com a Secretaria Estadual de Cultura afirmou ao RIO ENCENA que o órgão já mencionou agosto como prazo. No entanto, nada foi falado oficialmente.
A Broadway League informou que tem conversado com autoridades do governo, sindicatos e especialistas em saúde a respeito de medidas de segurança para público e profissionais quando o circuito for retomado. Entre as iniciativas, estão produção de espetáculos com elencos mais enxutos em vez dos tradicionais musicais com inúmeros atores e encenações que permitam um distanciamento social.
Quando os teatros da Broadway fecharam, estavam em cartaz 31 espetáculos, como “Hamilton”, “Harry Potter e a criança amaldiçoada” e “O sol é para todos”. Já no Rio, a Aptr (Associação dos Produtores de Teatro do Rio) estima que, quando o isolamento social foi decretado em 13/03, cerca de 100 espetáculos tiveram suas temporadas interrompidas, apenas na capital carioca, e, aproximadamente 4 mil trabalhadores do setor ficaram sem qualquer fonte de renda.