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Viva Os Fodidos Privilegiados!

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35 anos, bacharel em Artes Cênicas pela UNIRIO, licenciada em Letras pela Estácio de Sá, atriz, escritora, tradutora e ávida leitora nas horas vagas.
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Cheguei naquela idade na qual não lembro mais de todas as peças de teatro que já assisti. Nem das que já li. Em leitura, tenho que dizer que, isso já me ocorreu mais de uma vez. Eu começo lendo um texto e só depois de algumas tantas páginas percebo: “nossa, eu já li isso!”. Assistindo a um espetáculo foi a primeira vez.

Não faz muito tempo, entrei em um dos sites que mais tenho frequentado nesta pandemia, p Espetáculos Online, e me vi dando play em uma peça do grupo Os Fodidos Privilegiados. Sabia que não tinha erro. Gosto muito d’Os Fodidos Privilegiados. Sabia que eu ia gostar do que tinha escolhido. Mas só na metade da peça “Comédia Russa” foi que percebi: “nossa, eu já assisti a isto”.

Mesmo chegando à conclusão que já havia assistido a esta deliciosa comédia de Pedro Brício, eu não dei pausa. Continuei assistindo e me diverti bastante. Este texto de dez anos atrás continua politicamente atual, uma marca característica de um texto bem escrito. Parabéns, Pedro Brício!

Com minha idade, não necessariamente acompanho o grupo desde que foi fundado na década de 90, no entanto, tenho um apreço por eles. Admiro eles como um grupo e admiro os trabalhos individuais de vários membros também. Assisti a algumas montagens que sempre me entretiveram satisfatoriamente.

Lembro-me, perfeitamente, da primeira peça que assisti, no Teatro Café Pequeno, “Tudo no timing”, de David Yves. Até hoje, entre meus progenitores e irmão, esta é uma peça que nos referimos como um excelente referência de comédia. “Foi engraçado, foi. Mas ‘Tudo no timing' foi melhor. Aquela ainda é incomparável”.

Cena de “Comédia Russa” Foto: Reprodução/Vimeo

Não me lembro, exatamente, quando desenvolvi uma queda por Thelmo Fernandes… Thelmo não sabe, mas eu paro de falar quando ele passa por perto de mim. Thelmo Fernandes fez um lindo Vinícius de Moraes, em “Tom e Vinícius – o musical”.

Um dos meus orgulhos nos últimos anos foi ter conhecido a admirável Rose Adballah, que tornou-se uma amiga querida. Mais do que talentosa e gentil, Rose é uma incrível atriz, diretora, além de coordenadora do Gabinete de Leitura Guilherme Araújo, em Ipanema.

Com o passar dos anos, tive a oportunidade de assistir a “Édipo Unplugged”, “Comédia Russa”, “Pressa” (também disponível no site Espetáculos Online) e “Abujamra Presente”. Todas as vezes que ia a um espetáculo d’Os Fodidos, eu já saia de casa com a animação da adolescente que se divertiu horrores quando esteve na plateia daquela sessão de “Tudo no timing”.

Nestes tempos pandêmicos de isolamento, gosto de lembrar das boas coisas que vêm de grupos, e Os Fodidos Privilegiados são sempre bons. Tem um grande lugar no meu coração este grupo que partiu do princípio que fazer teatro no Brasil é foda, mas também um privilégio. Viva Abu!

Um aceno de mão efusivo e até a próxima semana!
Dúvidas, críticas ou sugestões, envie para luciana.kezen@rioencena.com.

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