O Teatro Candido Mendes recebe nesta semana um espetáculo que faz parte de um movimento surgido no pós-Segunda Guerra Mundial que ficou conhecido como Teatro do Absurdo. Ao apresentar situações extremas, patéticas e (claro!) absurdas, peças como “Ópera Pânica”, que estreia na sala de Ipanema nessa quarta-feira (20), às 20h, falam de temas como desolação, solidão e incomunicabilidade, vieram a se tornar comuns após o fim do confronto que deixou dezenas de milhões de mortos – entre 55 milhões e 80 milhões de 26 países envolvidos, segundo historiadores.
Com texto do chileno Alejandro Jodorowsky e direção de Judson Feitosa, os atores Bel Machado, Carolina Kezen, Desirée Della Volpe, Ícaro Salek e Raquel Brazil encenam diferentes cenas impensáveis. Entre elas, a professora que, tentando instruir e entreter seus alunos, canta uma ópera e propõe um jogo no qual eles precisam exprimir arquétipos otimista x pessimista. Há ainda outra cena na qual um ator de ego inflado, mesmo errando todas as concordâncias verbais e nominais, acaba aplaudido.
— Em Ópera Pânica, Alejandro Jodorowsky nos presenteia com um texto cheio de possibilidades para o jogo cênico, desafiando a direção e o elenco a serem anárquicos como os palhaços, a exercerem uma poderosa liberdade de criação. Desta forma, optamos por desenvolver uma espécie de teatro-circo e localizar a cena no nosso tempo-espaço com seus signos e significados. O resultado é uma “Ópera Pânica” divertida, engajada, inteligente e mordaz — acrescenta o diretor Judson Feitosa.
A temporada de estreia do espetáculo vai somente até o dia 19 de dezembro, com sessões também às quintas, no mesmo horário. Os ingressos custam a partir de R$ 25 (meia)