Assim como a grande maioria dos profissionais das mais variadas áreas, Debora Lamm tem em quem se espelhar. Na peça “Infância, Tiros e Plumas”, que fica em cartaz até o próximo domingo no SESC Ginástico (veja mais informações aqui), a atriz é dirigida por Inez Viana, a quem tece diversos elogios, mas sua grande admiração é por quem já construiu uma sólida carreira em mídias audiovisuais, mas ainda assim não deixou para trás a dedicação ao teatro.
Também conhecida por trabalhos na TV e no cinema (ao todo foram mais de 15 aparições em novelas e programas como o “Cilada” do Multishow, além de cerca de seis filmes, entre eles “Muita Calma Nessa Hora”), Debora enaltece o mérito de artistas conhecidos do grande público que não deixam de fazer sucesso também nos palcos. Como exemplos, a carioca de 37 anos, sendo 15 de carreira, cita Renata Sorrah, Marco Nanini, Marieta Severo e Andrea Beltrão. Confira a entrevista abaixo:
Espetáculo inesquecível em que trabalhou?
“A Bruxinha que era boa” (1999) foi inesquecível, ficamos mais de um ano em cartaz com casa lotada sempre (com esse espetáculo concorreu ao Prêmio Cola-Cola de teatro infantil como atriz revelação). “Confissões de Adolescente”, o primeiro que passei num teste e fiz turnê. E “Conchambranças de Quaderna”, o primeiro que me apresentei com a minha Companhia OmondÉ. Eleger é difícil, escolho então essas primeiras vezes que representam todas as outras que vieram na sequência.
Tem algum fracasso na carreira?
Sinceramente, não lembro de ter tido um. Acho até que passei por algo assim, mas dei um jeito de transformar em algo que tenha valido a pena.
O que ainda falta fazer para considerar sua carreira completa no teatro?
Ainda tenho muita coisa pra fazer no teatro. Ele é imenso, com possibilidades infinitas. Estou longe de ter uma carreira completa, ainda tenho muitos desejos e muita vontade. Gostaria ainda de dizer muita coisa e contracenar com muita gente.
Produzir, dirigir ou atuar?
Dirigir e atuar. Produzir, não tenho esse talento, infelizmente. Ignoro boa parte desse ofício. Tenho grandes amigos produtores e admiro muito esses profissionais, mas ainda não sou um deles.
Ator ou atriz que tem como referência?
Sou fã e admiradora convicta de atores consagrados no mercado audiovisual que nunca abandonaram o teatro, eles se mantém jovens e estão sempre me surpreendendo. Salve Renata Sorrah, Marco Nanini, Marieta Severo e Andrea Beltrão.
Um diretor (a)?
Inez Viana é minha preferida. Ao todo fui dirigida por ela em cinco espetáculos (“Maravilhoso” de Diogo Liberano, “Cock – Briga de Galo” de Mike Bartlett, “As Conchambranças de Quaderna” de Ariano Suassuna, em “Os Mamutes” de Jô Bilac e atualmente em “Infância, tiros e plumas” de Jô Bilac), ela se faz ser entendida de forma simples e é extremamente criativa ,o que não é fácil. Ela me surpreende. Admiro e me identifico com seu olhar. Fazer teatro com ela e acompanhar sua trajetória de perto me deixa muito feliz!
Um gênero em que prefere atuar?
Gosto de variar os gêneros, principalmente quando tenho um bom texto
Um profissional com quem tenha mais afinidade no teatro?
Inez Viana é minha preferida. Ao todo fui dirigida por ela em cinco espetáculos, ela se faz ser entendida de forma simples e é extremamente criativa ,o que não é fácil. Ela me surpreende. Admiro e me identifico com seu olhar. Fazer teatro com ela e acompanhar sua trajetória de perto me deixa muito feliz!
Na sua opinião, qual é o maior desafio na carreira de quem trabalha com teatro?
É muito difícil colocar uma peça em cartaz. Captar, conseguir uma boa pauta, saber sobre o que vc quer falar, refletir ou levantar questão. Tudo isso junto à um grupo de pessoas, porque teatro se faz em grupo, compartilhando suas ideias, seu olhar. Fazer teatro por si só já é um delicioso desafio.
Se não trabalhasse com teatro, que profissão teria escolhido?
Seria astróloga.