Em cartaz no Teatro Riachuelo, antigo Cine Palácio, “SamBRA” traz belos números musicais, a maior parte a cargo do cantor Diogo Nogueira, que tem uma voz bonita e canta bem.
No processo de fazer um panorama da história do samba, a peça de Gustavo Gasparani (autor e diretor) elege alguns momentos e nomes emblemáticos, e produz especial retrato do contexto inicial, na “pequena África”. A opção por enfocar as transformações do gênero, e não um ou outro estilo, me parece muito acertada! É encenada uma visão do samba enquanto música que, como todas, se formou a partir da conjunção de diferentes tradições.
O figurino evolui conforme o passar do tempo cronológico na peça, sendo fiel tanto às indicações históricas de vestuário quanto a certos estereótipos estabelecidos tempos depois. Interessante como consegue conciliar estas duas referências.
Os atores estão bem. Alcançam a graça em vários momentos, cantam bem e parecem se divertir e estar à vontade. Isto transparece. Destaque para a atriz (a peça não fornece programa) que incorpora Tia Ciata.
Um abraço e até a próxima!
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