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Com bonecos, máscaras e projeções, coletivo mineiro Giramundo apresenta ‘O Pirotécnico Zacarias’ no CCBB

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Máscaras fazem parte da linha de trabalho do coletivo Giramundo Foto: Elmo Alves/Divulgação

Um protagonista e diversos elementos e linguagens para contar a sua saga. Nessa quinta-feira (22), às 19h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o coletivo mineiro Giramundo inicia a temporada carioca de seu mais novo espetáculo, “O Pirotécnico Zacarias”, cuja inspiração são cinco contos do escritor mineiro Murilo Rubião (1916-1991). Em todos estes, a figura central é Zacarias, um personagem que mesmo sendo mágico, se vê incapaz de mudar a realidade ou até mesmo de entender sua posição nela.

Toda a jornada de entendimento de Zacarias é contada através da combinação de diferentes linguagens, como cinema, animação, música, dança, máscaras, artes plásticas e teatro de objetos. No palco, atores dividem o espaço com bonecos, enquanto vídeos projetados ilustram os contos de Rubião, considerado um dos autores mais significativos da literatura fantástica no Brasil.

— O trabalho de Murilo Rubião é surpreendentemente contemporâneo e importantíssimo para cultura brasileira, apesar de não ser tão conhecido do público. Sua obra nos permite trabalhar com uma espécie de surrealismo, uma realidade ao mesmo tempo absurda e fantástica — acrescenta o diretor Marcos Malafaia.

Construído a partir dos contos “O Ex-Mágico da Taberna Minhota”, “Teleco, o Coelhinho”, “O Bloqueio”, “Os Comensais” e um outro que dá nome à montagem, “O Pirotécnico Zacarias” – que estreou em março passado no CCBB de Minas Gerais e depois foi para a unidade de São Paulo antes de chegar ao Rio – marca uma nova etapa na trajetória do Giramundo.

Fundado em 1970, o grupo passou a trabalhar com outras mídias, como interação de bonecos e atores com vídeos e animações, a partir dos anos 2000. Neste trabalho atual, todavia, decidiram dar um passo além, recorrendo a técnicas de cinema.

— Trouxemos o cinema como um processo duplo, e planejamento e produção, seguindo metodologia usada frequentemente criação de filmes, como roteirização e organização de cenas, mas, ao mesmo tempo, incorporando características cinematográficas para uma linguagem teatral — explica o diretor, completando antes de encerrar: À medida que realizamos a adaptação, percebemos que havia recorrências e elos entre os contos, com um personagem central estável, rodeado por instabilidade. Então, procuramos reforçar essa estrutura oculta dos contos e percebemos que possuíam um potencial imagético e poético, filosófico ou psicanalítico, que poderia ser abordado por um viés cinematográfico. Por isso, enxergamos não só a necessidade, mas também a importância em trazer vida à obra de Rubião.

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