“Prometeu Acorrentado”, uma das principais tragédias de Ésquilo, poeta e dramaturgo da Grécia Antiga, é a fonte de inspiração para “Ossos ou O salto de Prometeu”, que estreia nesta semana no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, no Humaitá. Com texto de João Cícero, que assina a direção com Laura Nielsen, a performance lírico-reflexiva entra em cartaz no sábado (01), às 19h, e fica até o próximo dia 24, com sessões também domingos e segundas, no mesmo horário.
Sozinho no palco, o ator Maurício Lima reflete sobre destino e livre-arbítrio a partir da história contada na obra original. Nesta, Zeus castiga Prometeu, que roubou o fogo pertencente aos deuses e o concedeu à humanidade. Como punição, o réu deve ficar, por 30 mil anos, acorrentado a um rochedo para que uma águia venha todas as noites devorar seu fígado, que se irá sempre se regenerar emseguida. Certa vez, o centauro Quíron aparece para libertar Prometeu e matar a águia, revirando assim a trama
— Trata-se de uma performance lírico-reflexiva sobre o drama de um homem que atravessa um momento vertiginoso da existência, uma zona de turbulência, lançando um olhar sem moral para a morte iminente — complementa o autor e diretor João Cícero.