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‘O Príncipe Poeira e a Flor da Cor do Coração’ é um deleite para todos os públicos!

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Site de notícias e entretenimento especializado no circuito de teatro do Rio de Janeiro
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

“O Príncipe Poeira e a Flor da Cor do Coração” vem reforçar a excelência do espaço Oi Futuro do Flamengo, que há uma década figura como uma referência teatral de primeira qualidade, especialmente no recorte infanto-juvenil. Há aproximadamente um ano, tornou-se ainda um ponto de encontro de um viés político determinado, também presente no espetáculo.

O texto de Saulo Sisnado é de um carisma sem fim, ambientado em uma pequena cidade, a parte do tempo e do espaço, que tem uma colina sem uma estátua no seu cume, e onde todas as flores são brancas. A partir desta descrição precisa e bonita, o dramaturgo consegue instaurar, em cada um de nós, a imagem deste lugar bucólico, com ares de conto de fadas europeu mas com digitais de interior brasileiro, como os personagens e a escola. Neste lugar, Poeira, um menino solitário de extrema imaginação, noivo de um graveto e depois de uma andorinha, acaba indo para a escola e conhecendo a amizade e o amor. Em determinado momento, descobrimos que ele tem uma doença terminal, o que gera nova reflexão fundamental.

O cenário e os figurinos de Karlla de Luca lembram uma estética de um teatro clássico, muito popular há uns 30, 40 anos atrás e ainda bastante presente, sobretudo em cidades pequenas pelo Brasil. Com pano de fundo e coxias pintados a mão e aludindo a um bosque, o cenário parte da ambientação geral do “reino” para, a partir dela, compor os ambientes internos com mobílias rústicas (como pequenos troncos de árvore que funcionam como bancos) que entram e saem de cena. Os figurinos também partem de uma “sensação geral” de uma escola tradicionalista (tonalidade pastel e elementos como gravatas e suspensórios) para, a partir dela, inserir o elemento interiorano brasileiro em rendas, babados e mochilas, por exemplo.

Os atores Amanda Melo, Daniel Dias da Silva e Fabrício Polido coroam todo o cuidado e preciosismo vistos até aqui com doçura individual ímpar e dinâmica coletiva afiadíssima. Não deixam a ritmo do espetáculo cair em momento algum, não perdem um tempo cômico, e ainda assim conseguem colorir a cena, cada um a seu modo, com atuações extremamente carismáticas e repletas de nuances.

Saulo Sisnado, que também assina a direção do espetáculo, orquestrou uma harmonia preciosa entre todos os elementos cênicos e, como argamassa, um texto que promove o encontro do imaginário europeu que nos é comum com uma realidade brasileira muito especial.

Um abraço e até domingo que vem!
Dúvidas, críticas ou sugestões, envie para pericles.vanzella@rioencena.com.

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