A Cia. OmondÉ reuniu os seus quatro espetáculos que rodam para o país para uma maratona de apresentações que fazem parte da comemoração pelos cinco anos de atividades ininterruptas do grupo. As sessões de “As Conchambranças de Quaderna”, “Os Mamutes”, “Infância, Tiros e Plumas” e “Nem Mesmo Todo o Oceano” serão realizadas sempre às 19h, no Teatro Dulcina, no Centro, entre os dias 16 de julho e 2 de agosto. Os ingressos custam R$ 20 para cada peça.
A companhia surgiu em meados de 2010, através do desejo da atriz e diretora Inez Viana de ter o seu próprio grupo. Entre sonhar e concretizar, foram mais de 20 anos. A ideia era compartilhar processos e criar em colaboração. Foram recrutados nove atores (Carolina Pismel, Debora Lamm, Iano Salomão, Jefferson Schroeder, Juliane Bodini, Junior Dantas, Leonardo Bricio, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell) de diferentes partes do Brasil até que a trupe fosse fechada.
O nome da companhia surgiu de uma expressão do autor Ariano Suassuna (1927-2014). Segundo ele, o termo “omondé” significa gente, confusão, embolada, celebração, agitação. Aliás, é do dramaturgo paraibano o texto da primeira peça encenada pelo grupo e que, claro, estará no Dulcina a partir dessa quinta. “As Conchambranças de Quaderna” são duas peças em uma só. As duas histórias são contadas pelo narrador Dom Pedro Diniz Quaderna. Na primeira, ele fala de duas irmãs prometidas em casamento. O problema é que no dia do matrimônio, o noivo de uma decide se casar com a outra, gerando uma grande confusão. Já a segunda história é sobre uma mulher que, ao ser traída pelo marido, faz um pacto com o Diabo. Ela pede a ele que leve o adúltero e sua amante para o inferno. É aí que Quaderna se disfarça de Diabo, criando muitas “conchambranças”, ou seja, armações e conchavos, que culminam em um final inesperado.
Das quatro montagens do repertório, duas são do dramaturgo carioca Jô Bilac. “Os Mamutes” (classificado pelo próprio autor, que escreveu a obra com 18 anos, como um delírio juvenil) trata do dilema entre seguir as regras de um sistema imoral para ser aceito por ele ou optar pelos valores éticos e ser excluído de um grupo. No outro espetáculo com texto de Bilac, “Infância, Tiros e Plumas”, a abordagem é sobre a decadência humana a partir de personagens que se cruzam, gerando uma série de incidentes com crianças.
Por fim, “Nem Mesmo Todo o Oceano” é uma adaptação de Inez Viana para um texto do escritor mineiro Alcione Araújo (1945-2012). A montagem é um thriller contemporâneo dentro de um romance histórico. Uma espécie de diário de um homem ambicioso ao longo de sua deslumbrada e detestável trajetória. Confira os detalhes das sessões abaixo:
FICHA
Local: Teatro Dulcina
Endereço: Rua Alcindo Guanabara, Nº 17, Centro.
Telefone: (21) 2240-4879)
Entrada: R$ 20,00
AS COCHAMBRANÇAS DE QUADERNA
Sessões: 16, 17 e 18/07 às 19h
Autor: Ariano Suassuna
Elenco: Leonardo Bricio, Debora Lamm, Juliane Bodini, Ricardo Souzedo, Iano Salomão, Luis Antonio Fortes, Jefferson Schroeder, Zé Wendel, Junior Dantas, Carolina Pismel e Maíra Zago
Direção: Inez Viana
Classificação: 12 anos
OS MAMUTES
Sessões: 22, 23 e 24/07 às 19h
Autor: Jô Bilac
Elenco: Debora Lamm, Leonardo Bricio, Ricardo Souzedo, Carolina Pismel, Iano Salomão, Juliane Bodini, Zé Wendell, Junior Dantas, Jefferson Schroeder e Luiz Antonio Fortes
Direção: Inez Viana
Classificação: 16 anos
NEM MESMO TODO O OCEANO
Sessões: 25 e 26/07 às 19h
Autor: Alcione Araújo (adaptação Inez Viana)
Elenco: Leonardo Bricio, Iano Salomão, Zé Wendell, Jefferson Schroeder, Junior Dantas e Luis Antonio Fortes
Direção: Inez Viana
Classificação: 16 anos
INFÂNCIA, TIROS E PLUMAS
Sessões: 30 e 31/07, 01 e 02/08 às 19h
Autor: Jô Bilac
Elenco: Carolina Pismel, Debora Lamm, Iano Salomão, Jefferson Schroeder, Juliane Bodini, Junior Dantas, Leonardo Bricio, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell
Direção: Inez Viana
Classificação: 14 anos
