Com texto e direção de Rafael Souza-Ribeiro, o espetáculo “Helena Perdida” está cumprindo mais uma temporada no Rio de Janeiro. O drama solo, que leva ao palco uma abordagem sobre a relação do homem com o poder, segue no Teatro Poeira, em Botafogo, até o próximo dia 28, com apresentações terças e quartas às 20h. Os ingressos custam R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).
A Helena do título, papel da atriz Paula Valente, é a sexta mulher mais poderosa do mundo. Do alto da cobertura de um arranha-céu, entre um canapé e outro, ela tem em suas mãos o poder de decidir os rumos de toda uma cidade. Amiga de políticos, empresários, juízes e generais, ela oferece uma festa para fechar negócios, alianças e pactos. Confiante em cumprir tais metas, tem sob seu comando uma holding que controla diversos setores da economia.
— A peça funciona desde sua estreia como uma crônica sobre o país. É uma ficção, lógico, tudo ali é inventado, mas encontra sim ressonância em fatos recentes do nosso noticiário. Muito do que já apontávamos na primeira temporada, ganhou mais peso simbólico neste ano de 2019 inclusive. Mas antes de apontar este ou aquele episódio político, a gente queria convidar o espectador a refletir sobre como o poder se concentra em poucas mãos e o futuro de uma cidade pode ser decidido em questão de minutos — explica Rafael, que estreou a peça em 2018, como parte de um ciclo de pesquisa.
“Helena Perdida” é a terceira parte do projeto que começou em abril de 2017 com o intuito de refletir sobre o impacto social, político e cultural dos grandes eventos esportivos realizados nos últimos anos na cidade do Rio, inclusive com seus preparativos e desdobramentos.