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Com direção de Isaac Bernat e texto de Pedro Monteiro, peça retrata consequências do abandono paterno em temporada no YouTube

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Tempo estimado de leitura: 3 minutos
Henrique Eduardo (frente), Osvaldo Mil (esq), Pedro Monteiro e Gabriela Estevão formam o elenco de “Pão e Circo” Foto: Beto Roma/Divulgação

RIO – “Pão e Circo” joga a luz do teatro sobre um problema social grave muito visto no noticiário, mas pouco abordado em debates e políticas públicos: o abandono paterno. Com direção de Isaac Bernat e texto do Pedro Monteiro (que também atua) em parceria com Leonardo Bruno, o espetáculo estreia temporada virtual no YouTube nessa sexta-feira (20) refletindo sobre as consequências negativas que tal ausência pode levar à vida de uma criança. E no Brasil, elas são milhões!

Segundo o último Censo Escolar, divulgado em 2013 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cerca de 5,5 milhões de crianças brasileiras não têm o nome do pai na certidão de nascimento. Só em 2021, de acordo com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), já são mais de 100 mil filhos nascidos sem que o campo “nome do pai” tenha sido preenchido no registro civil. Ou seja, uma realidade que grita e merece atenção.

E foi esse olhar que Pedro Monteiro teve para a questão ao idealizar “Pão e Circo”. A lamentação permanente pela ausência da figura paterna, no entanto, dá lugar a um “seguir em frente”.

— Neste espetáculo, quis trazer para o teatro um assunto relevante para a nossa sociedade: o papel do homem na criação dos filhos. E, para isso, optei por falar sobre a não criação. De que maneira essa lacuna influencia na vida do nosso personagem Edu? O pano de fundo da história é o futebol, uma paixão nacional, e um esporte que costuma criar vínculos fortes entre pais e filhos — adianta o ator e coautor da peça.

Edu, mencionado por Pedro, é o protagonista do espetáculo. Nascido e criado em Madureira, ele é goleiro titular de um time que está disputando a decisão de um campeonato. E conforme o jogo vai se desenrolando, o público vai acompanhando, de forma intercalada, outras cenas entre um menino e seu pai jogador de futebol, que veem a relação paternal mudar de rumos após um embate familiar.

— Muito do que a gente ouve aos 10, 11, 12 anos de um pai, mãe ou professor, fica guardado para sempre. Ao mesmo tempo, queremos mostrar o processo de cura de alguém que foi abandonado pelo pai. A personagem da Gabriela Estevão é, ao mesmo tempo, narradora, psicóloga e consciência, que vai levantar questionamentos e levar dados jornalísticos para a história — acrescenta Isaac Bernat, que além de Gabriela e Pedro, dirige também Henrique Eduardo e Osvaldo Mil.

O espetáculo foi, originalmente, pensado para os palcos, mas acabou sendo adaptado para a Internet por causa da pandemia. A trama foi filmada em dois dias, no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, em julho passado.

— Essa experiência foi muito interessante porque tivemos um diretor de teatro e um de cinema. Então, a gente fez uma mistura dessas duas linguagens e pensamentos e não apenas um registro da peça. Filmamos plano a plano — complementa o cineasta Cavi Borges, responsável pela direção de vídeo.

SERVIÇO

Local: YouTube (após a compra do ingresso, o espectador recebe um email com o link do canal) | Sessões: Sexta a domingo a partir de 18h (O vídeo ficará disponível por 24 horas) | Temporada: 20/08 a 03/10 | Elenco: Gabriela Estevão, Henrique Eduardo, Osvaldo Mil e Pedro Monteiro; Stand-in: Lucas Oradovschi | Direção: Isaac Bernat | Texto: Leonardo Bruno e Pedro Monteiro | Classificação: Livre | Entrada: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) | Bilheteria: Sympla | Gênero: Drama | Duração: 35 minutos


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