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‘Abajur Lilás’, censurada na época da ditadura, faz duas sessões a preços populares no Galpão Gamboa

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
A montagem é uma homenagem ao autor Plínio Marcos, que teria completado 80 anos em 2015

Considerada uma das principais obras de Plínio Marcos (1935-1999), “Abajur Lilás” volta a ser encenada no Rio de Janeiro, desta vez em duas apresentações no Galpão Gamboa: sábado (26/03) às 21h e domingo (27), às 20h. As sessões, com ingressos a preços populares (entre R$ 5 e R$ 20) fazem parte da quinta edição da Mostra Gamboavista. O drama, que retrata o cotidiano de um prostíbulo e a relação entre três prostitutas e seu cafetão, foi escrito em 1969, mas acabou censurado em 1975 pela ditadura militar. Na época, foi considerado pela classe artística teatral uma bandeira de resistência.

Isso porque há 41 anos, assim que foi determinada a censura à peça, atores escreveram e leram um manifesto em todos os teatros, antes de cada um dos espetáculos que estavam em cartaz no Rio de Janeiro. Além disso, a classe teatral promoveu várias manifestações contra o veto, e grande parte das companhias teatrais não trabalhou no dia 15 de maio daquele ano, data da proibição.

– Uma montagem que prioriza a força do texto e dos atores e que traz ao palco o conflito de personagens que vivem à margem da sociedade, colocados em cena por este grande autor, pouco encenado nos palcos brasileiros. Ambientado num ambiente úmido e escuro, o texto nos mostra personagens sem saída e sem lugar, numa linguagem forte e intensa – destaca o diretor Renato Carrera.

A obra foi censurada pela ditadura em 1975, seis anos após ter sido escrita por Plínio Foto: Dalton Valério/Divulgação
A obra foi censurada pela ditadura em 1975, seis anos após ter sido escrita por Plínio Foto: Dalton Valério/Divulgação

Com boas doses de realismo e crueza em cena, a montagem, que homenageia o autor que teria completado 80 anos em 2015, reconta a história das prostitutas Dilma, Célia e a recém-chegada Leninha, que vivem num cubículo, onde são arrendadas pelo cafetão Giro, que tem como braço-direito o segurança Osvaldo, um verdadeiro sádico torturador. Insatisfeitas com as situações às quais são submetidas, elas bolam um plano contra a dupla exploradora, mas as coisas não saem como o esperado.

SERVIÇO

Local: Galpão Gamboa
Endereço: Rua da Gamboa, Nº279 – Centro.
Telefone: (21) 2516-5929
Sessões: Sábado (26/03) às 21h; domingo (27) às 20h
Elenco: Andreza Bittencourt, Laura Nielsen, Larissa Siqueira, Higor Campagnaro e Eber Inácio
Direção: Renato Carrera
Texto: Plínio Marcos
Classificação: 18 anos
Entrada: $ 20 (inteira); R$ 10 (meia); R$ 5 (para moradores de bairros da Zona Portuária, portando comprovante de residência) *pagamento somente em dinheiro
Funcionamento da bilheteria: Terça a quinta entre 14h e 18h; sábado a partir das 19h; domingo a partir das 18h
Gênero: Drama
Duração: 90 minutos
Capacidade: 80 lugares

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