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A história das Histórias’ traz linda mitologia como pano de fundo para contadores de histórias

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Site de notícias e entretenimento especializado no circuito de teatro do Rio de Janeiro
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Em cartaz no Teatro Ipanema, “A História das Histórias” ambienta contadores de histórias em mundo fantástico, nacional, de caráter acadêmico e folclórico. Elaborada por Flávia Lopes, que também assina a direção, e pelos próprios atores Aline Marosa e Caio Passos, a mitologia criada é tão bela que mistura ficção e realidade, originalidade e tradição oral. Realmente encantador, e difícil de descrever.

Em síntese, os dois contadores Marosa e Cazu precisam contar histórias para chegar à história que os levará à sua mentora, que desapareceu. Neste processo, se conhecem melhor, amadurecem, revelam e aprendem mais sobre si mesmos e sobre o mundo que os abriga.

Os figurinos dão o tom deste universo complexo com formas e cores que fazem jus à riquíssima mitologia. Imaginário popular se mistura com elementos inéditos, de modo que alusões aparecem, mas o todo não se caracteriza pelas referências, indo muito além.

O cenário, apesar de formar-se a partir de objetos, contribui bem para o contexto que se quer estabelecer, que promove a junção das ideias de tradição oral e de literatura.

Os atores-autores personificam o encanto do mundo criado. Com estilos distintos, conseguem pintar as imagens do texto sem descambar para o didatismo chato (que assola muitas obras que precisam desenhar um universo original para seu público). Para além da qualidade com que conduzem o imaginário do espectador, delineiam com clareza e carisma seus personagens.

Com personagens que não deixam a desejar à beleza de um mundo inédito, e com figurinos, cenário e atuações que caminham de mãos dadas na mesma direção, “A História das Histórias” é peça obrigatória para todas as idades, especialmente para as pessoas que carregam uma nostalgia romântica dos tempos em que a apreensão do mundo era feita ao lado de uma imaginação que fluía sem amarras.

Um abraço e até domingo que vem!
Dúvidas, críticas ou sugestões, envie para pericles.vanzella@rioencena.com.

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