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‘Angels in America’, versão da Armazém Cia de Teatro para texto sobre HIV e outros temas em trama LGBTQIA+, reestreia no Rio

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Tempo estimado de leitura: 3 minutos
O espetáculo estreou no Rio de Janeiro em 2019 Fotos: João Gabriel Monteiro/Divulgação

RIO – Após a estreia em 2019, a Armazém Companhia de Teatro está de volta com “Angels in America”. O espetáculo é uma versão do grupo para a íntegra (algo inédito no Brasil) do clássico texto do norte-americano Tony Kushner, que toca em temas delicados como HIV, dentro de uma trama LGBTQIA+, e é considerado por especialistas um dos mais importantes das últimas décadas. Dirigida por Paulo de Moraes, a peça dividida em duas partes – que somadas chegam a incríveis quase cinco horas de duração – reestreia no Teatro Prudential, na Glória, nessa quinta-feira (28).

As duas partes são intituladas “O Milênio se Aproxima” e “Perestroika”, e cada uma tem cerca de 140 minutos. Elas serão apresentadas de forma intercalada, de quinta a domingo, até 08 de maio – confira o serviço completo no fim da página.

Cheio de poesia, “Angels in America” foi escrito por Kushner na década de 1980, durante o governo do então presidente Ronald Reagan. Num cenário de conservadorismo e elitismo (consideradas marcas da Era Reagan), se propagava ainda um temor geral por um ainda desconhecido vírus HIV, que assolava Nova York, cidade onde se passa a trama.

Além da Aids, Kushner trata ainda de outros temas através de personagens héteros e homossexuais arrebatados por dor, medo e uma frágil esperança. Entre as questões, estão religião, política, relações afetivas, abandono, sexo, medo da morte, covardia, crueldade e História, entre outras.

— É uma peça especial, imensa, um mergulho no final do século XX, mas que, diante do colapso em que o mundo se encontra hoje, revela uma atualidade esmagadora. A peça reflete sobre o mundo ocidental, sobre religiões, política… Há um sentido de devastação se alastrando por toda a peça. Mas o resultado cênico é um movimento constante, personagens se fazendo vivos por estarem em movimento. Embora haja um cheiro de realidade permanente, a nossa montagem não é nada realista — acrescenta Paulo de Moraes.

O espetáculo original venceu alguns dos principais prêmios teatrais dos Estados Unidos, como Tony Award, Drama Desk Award e Pulitzer Prize. Já a versão da Armazém faturou o Prêmio Aptr de Melhor Atriz Coadjuvante (Patrícia Selonk) e foi indicado ao Shell como Melhor Música.

A trama trata de questões como religião, política, relações afetivas, abandono, sexo, medo da morte e covardia, entre outras

A trama

Entre os protagonistas, está Prior Walter, um gay que está em pânico pelas sequelas que o vírus HIV tem provocado em seu corpo. Para piorar, Louis Ironson, seu companheiro que não tem sabido lidar com a doença, o abandona. Sozinho em seu apartamento, Prior sofre com sonhos febris, nos quais ouve uma voz angelical que o chama.

Paralelamente, outro importante personagem da história também é diagnosticado com Aids. Perverso e ultraconservador, o advogado republicano Roy Cohn prefere esconder não apenas a doença, mas também sua homossexualidade. O mesmo faz Joe Pitt, um jovem advogado e uma espécie de seu pupilo. Criado rigorosamente na religião Mórmon, ele prefere omitir que é gay e tenta levar (sem muito sucesso) um casamento com Harper, uma jovem consumidora de Valium, que vive atormentada com alucinações.

Assolados pelo HIV, Joe e Prior tomam rumos diferentes. Enquanto o primeiro, finalmente, assume sua homossexualidade e acaba se relacionando com Louis (ex de Prior), o segundo é “escolhido” pelo personagem Anjo para restabelecer a paz, cessando todos os movimentos migratórios da humanidade. Ele, entretanto, reluta para aceitar a missão. Afinal, é necessário parar e pensar, ou seguir em constante movimento?

SERVIÇO

Local: Teatro Prudential | Endereço: Rua do Russel, 804, Glória. | Telefone: 21 3553-3557 | Sessões: Quintas às 19h – Parte 1: “O milênio se aproxima”; Sextas às 19h – Parte 2: “Perestroika”; Sábados às 17h – Parte 1: “O milênio se aproxima”; Sábados às 20h30 – Parte 2: “Perestroika”; Domingos às 16h – Parte 1: “O milênio se aproxima”; Domingos às 19h30 – Parte 2: “Perestroika” | Temporada: 28/04 a 08/05 | Elenco: Felipe Bustamante, Isabel Pacheco, Jopa Moraes, Lisa Eiras, Patrícia Selonk, Rainer Cadete, Sergio Machado e Zéza | Direção: Paulo de Moraes | Texto: Tony Kushner (tradução de Maurício Arruda Mendonça) | Classificação: 16 anos | Entrada: Entre R$ 25 e R$ 80 | Bilheteria: Sympla ou no teatro, de terça a sábado das 12h às 20h e domingos e feriados das 12h às 19h | Gênero: drama | Duração: Parte 1: 135 minutos / Parte 2: 160 minutos | Capacidade: 359 lugares


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