Ao longo da carreira de 27 anos de Emílio de Mello, aquilo que não agradou, ao menos ensinou. Aos 50, o ator paulista reconhece que nem todos os 29 espetáculos dos quais participou (23 atuando e seis, dirigindo) foram exitosos. Sem citar um ou outro trabalho específico, ele confirma à seção perfis, do RIO ENCENA, que acumula muitos fracassos, mas pondera:
– Tem um lado bom (nos fracassos): eles ensinam muita coisa – frisa o ator, formado pela Escola de Arte Dramática de São Paulo e pela Escola de Comunicações e Artes da USP.
Em cartaz atualmente com a comédia dramática “Os Realistas”, Emílio já esteve em montagens de diversos gêneros em diferentes épocas. Como diretor, fez “O Rei da Vela” (1999), “O Homem Inesperado” (2006) e “Arte” (2012), entre outros. Já como ator, interpretou em “Viagem à Forli” (1992), “Pérola”(1995), “A Prova” (2002), “K2 – dois homens e uma montanha” (2004) e outros mais. Entre esses trabalhos, foi premiado em “Querido Estranho” (Kikito/Gramado 2002 de Melhor Ator Coadjuvante); “Baque” (Qualidade Brasil 2005 de Melhor Ator”; e “In on it” (APTR 2009 de Melhor Ator).
Fora do teatro, Emílio também tem um currículo extenso. No cinema, fez longas como “Veja Esta Canção”, “Amores Possíveis” e “Cazuza – O Tempo Não Para”. Já na TV,acaba de filmar a segunda temporada da série “Psi”, do canal pago HBO. Saiba um pouco mais sobre esse artista na entrevista abaixo:
Cite um espetáculo inesquecível que você tenha participado.
“Gaivota – Tema para um conto curto”, de Anton Tchekov.
Tem algum fracasso na carreira? Pode nos contar?
Muitos, perdi as contas… Não existe carreira sem fracassos, mas tem um lado bom: eles ensinam muita coisa.
O que ainda deseja fazer para considerar sua carreira completa no teatro?
Ela nunca será completa, a lista de desejos é infinita.
Prefere produzir, dirigir ou atuar? Por quê?
Faço tudo com imenso prazer, mas atuar tem um sabor especial pra mim.
Ator ou atriz você que tem como referência no teatro?
Renata Sorrah, Marieta Severo e Fernanda Montenegro.
Cite um diretor (a) que você admira.
Enrique Diaz e Guilherme Weber.
Um gênero em que prefere atuar?
O gênero do Bom Texto.
Um profissional com quem tenha mais afinidade para trabalhar no teatro.
Fernando Eiras, Deborah Bloch e Mariana Lima.
Na sua opinião, qual é o maior desafio na carreira de quem trabalha com teatro.
Conseguir realizar um trabalho. Isso é quase um milagre.
Se não trabalhasse com teatro, que profissão teria escolhido?
Cozinheiro.