Falecido nesta terça-feira (01) devido a complicações causadas por um enfisema pulmonar, Isaac Bardavid começou sua carreira artística no teatro. Em 1954, ele estreou nos palcos no Rio de Janeiro, ainda como amador, na peça “A Dama da Madrugada”. Em seguida, procurou se aperfeiçoar fazendo aulas de interpretação, chegou a ganhar uma bolsa para estudar teatro na Itália e deu prosseguimento à trajetória teatral.
Mas foi como dublador que Isaac Bardavid se consagrou profissionalmente. Entre os personagens conhecidos do grande público que ganharam a voz do ator aqui no Brasil, estão o Obi-Wan Kenobi, do filme “Star Wars: Uma Nova Esperança”; o Tigrão, do desenho animado “Ursinho Pooh”; o Esqueleto, inimigo do He-Man; o horripilante Freddy Krueger, da franquia “A Hora do Pesadelo”; Odin, em diversos longas do Universo Cinematográfico da Marvel; e, claro, o Wolverine, da série de filmes dos X-Men.
Inclusive, o ator australiano Hugh Jackman, intérprete do mutante imortal e a quem Isaac Bardavid conheceu em 2017,fez uma homenagem ao dublador brasileiro em sua página no Instagram.
“Isaac Badavid. Que lenda. Que vida e legado. Que voz! Descanse em paz, meu amigo”, escreveu Jackman.
Isaac Bardavid fez carreira também na TV, onde começou na TV Tupi. Já na Globo, atuou em novelas, como “O Rei dos Ciganos” (1966), “Escrava Isaura” (1975) e “O Cravo e a Rosa” (2000), além de programas, como “Síto do Pica-Pau Amarelo”, “Zorra Total” e “Trapalhões”. Seu último trabalho na emissora carioca foi com a série “Carcereiros” (2021).
O sepultamento do ator está marcado para as 15h desta quarta (02), no Cemitério Israelita de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
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