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Filmada em um apartamento, peça-filme ‘Transe’ fala de prostituição, pudor, valores e amarras morais

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Pedro Henrique Lopes (E) e Oscar Fabião são personalidades distintas de uma pessoa em “Transe” Foto: Diego Morais/Divulgação

A prostituição é um pano de fundo que a peça-filme “Transe” usa para falar das “personas” que as pessoas precisam criar para viver razoavelmente bem em sociedade. Ou seja, a necessidade que todos têm de não ser exatamente o que e como são 100% do tempo. Filmada num apartamento em Santa Teresa, a montagem, que estreia gratuitamente na quinta-feira (17), no YouTube, tem como protagonista, um jovem interpretado por dois atores, já que se trata de dois personagens em um.

Uma destas personalidades é vivida por Pedro Henrique Lopes – que, inclusive, assina o texto da peça. Ele é João, um jovem que sofre de insegurança com sua aparência e procura abafar seus desejos libertinos. Já o seu alter ego se chama Nicolas (interpretado por Oscar Fabião), um “michê” tomado pela extravagância e pela luxúria que, por muitas vezes, foge do controle daquele que o criou.

Adepto de uma vida de excessos, Nicolas passa a conviver com crises, vozes, alucinações e o uso de remédios psiquiátricos, fazendo com que João se sinta confuso sobre como pensar e agir. Assim, como numa espécie de transe, eles se fundem a fim de tentar encontrar a verdadeira essência entre ambos.

A partir deste embate interno de João, o experimento cênico fala de pudores, amarras sociais, sexualidade humana e saúde mental, mas sem definir se uma das personalidades está certa ou errada.

— Quis criar uma trama de embate entre duas personalidades, sem cair no óbvio do conflito maniqueísta entre o anjinho e o diabinho. Colocamos em oposição momentos diferentes da carreira do protagonista, como o começo cheio de pudores, quando ele tinha medo de dar vazão aos desejos, até uma fase mais libertina e liberta. E questionamos o quanto as nossas inseguranças nos impedem de viver como queremos — acrescenta Pedro Henrique Lopes, que, em “Transe”, repete com o diretor Diego Morais a parceria bem sucedida do projeto de espetáculos infantis Grandes Músicos para Pequenos.

Sobre Nicolas, Oscar Fabião complementa:

— O Nicolas é um jovem sem pudores, instintivo, que se joga e não tem medo de consequências. O maior desafio foi ter que me despir das censuras e dos pudores porque o personagem não tem essa trava. Ele não deixa de fazer algo por receio do que os outros vão pensar, o que acaba acontecendo a todos nós em algum momento.

 

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