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‘Helena Blavatsky, A Voz do Silêncio’ funciona como reflexão sobre a existência humana, mas perde profundidade com formato virtual

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34 anos, doutora em Literaturas Africanas, pós-doutora em Filosofia Africana, pesquisadora, professora, multiartista, crítica teatral e literária, mãe e youtuber.
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Estreou no último domingo o espetáculo online “Helena Blavatsky, A Voz do Silêncio”, monólogo sobre a icônica filósofa russa do século XIX, estrelado por Beth Zalcman, texto de Lúcia Helena Galvão e direção de Luiz Antônio Rocha. Nele, acompanhamos o último dia de vida da pensadora, que, em seu quarto em Londres, discorre sobre a experiência do seu viver.

Uma mulher admirada socialmente, à frente de seu tempo, que, divorciada, viajou o mundo de navio em busca de perguntas e respostas sobre a existência. Autora de obras celebradas como “A Voz do Silêncio” (1889), mote para o espetáculo, a personagem é encenada sob a ótica humana.

Helena, cofundadora da Sociedade Teosófica, discute em cena temas como ocultismo, paranormalidade, esoterismo, budismo e yoga e outros aspectos abrangentes da existência. A dimensão filosófica e o ritmo dado ao monólogo, por vezes, trouxe barrigas à peça, o que pode trazer distração ao público que assiste em casa antenado em outras tecnologias, diferente do teatro, em que o nível de concentração da plateia tende a ser maior.

A atriz Beth Zalçman como Helena Blavatsky Foto: Daniel Castro/Divulgação

No espetáculo, passeamos por reflexões que pedagogicamente apresentam a escritora. Suas memórias são revisitadas e discute-se assuntos amplos de sua formação, espiritualidade e mediunidade. Interessante saber o quanto ela influenciou homens de destaque em seu tempo como Fernando Pessoa – tradutor de sua obra para o português -, Einstein, Thomas Edison, James Joyce e o próprio Gandhi, cuja passagem se detalha na peça.

A experiência do espetáculo foi interessante, principalmente porque o texto nos convida a um mergulho reflexivo sobre as nossas próprias existências, mas fiquei me perguntando o quanto essa é uma obra para o palco. A perspectiva online retirou a profundidade do narrado. Essa é, sem dúvidas, uma chance de conhecermos o pensamento filosófico de Blavatsky pela bela interpretação de Beth Zalcman, entretanto acredito que a adaptação da obra para o formato virtual trouxe outras dimensões, que deveriam ter sido melhor exploradas pela direção.

Dúvidas, críticas ou sugestões, envie para aza.njeri@rioencena.com.

SERVIÇO

Onde assistir: Plataforma Zoom
Sessões: Domingos às 20h30; terças às 19h30
Período: 18/10 a 10/11
Elenco: Beth Zalcman
Direção: Luiz Antônio Rocha
Texto: Lucia Helena Galvão
Classificação: 14 anos
Entrada: R$ 30 (em sympla.com.br)
Gênero: Solo biográfico
Duração: Não informada

 

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