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Infantil ‘O gigante egoísta’ mostra egoísmo dos que tanto têm

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35 anos, bacharel em Artes Cênicas pela UNIRIO, licenciada em Letras pela Estácio de Sá, atriz, escritora, tradutora e ávida leitora nas horas vagas.
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

E ao final de toda essa pandemia, como as crianças estão em casa, hein? Agora, temos que passar por situações do tipo, “mas mãe, ele está sem máscara, porque eu preciso usar a minha?” Ou “pai, posso ir brincar com aquelas crianças lá no parquinho?” Se eu estou com dificuldades para manter minha saúde mental com um mínimo de controle aceitável, imagina como está a cabeça do meu sobrinho de 8 anos? E da minha sobrinha de dois anos?

É sempre legal ir atrás de novas opções de qualidade para poder apresentar aos pequenos que conheço. Dentro de algumas semanas, no máximo no mês que vem, terei um pequeno nos meus braços que precisarei ter muitas opções para apresentar também. E foi pensando nisso, que voltei à plataforma Espetáculos Online. Dessa vez, fui atraída pela peça por autor.

Gosto muito dos textos de Oscar Wilde, não é novidade. Uma pessoa que escreve peças teatrais satirizando a sociedade, peça com personagens bíblicos, ensaios políticos, contos adultos e infantis, enfim, é uma pessoa versátil e de enorme talento. Como não admirar alguém com esse tipo de variedade em sua obra?

Por conta disso, acabei dando play em “O gigante egoísta”, de Gustavo Bicalho, sobre um conto de Oscar Wilde com o mesmo nome. Quem me acompanha aqui na coluna aos domingos, sabe que eu me amarro nas produções da Artesanal Cia. de Teatro, e claro, essa não foi diferente.

Com um final menos desolador do que o original de Wilde, mas não menos emocionante, essa peça tem todos os elementos consagrados da Artesanal Cia. de Teatro. Uma boa história, excelente talento em cena, e claro, os adereços, cenário, máscaras e bonecos.

O infantil conta com a linguagem de manipulação de bonecos Foto: Divulgação

A história começa com crianças brincando em um jardim ao saírem da escola. Um grande jardim, lindo e agradável, com flores, frutas e pássaros. Assim que o Gigante (vivido por Márcio Nascimento) retorna ao lar depois de sete anos, ele expulsa as crianças e cerca sua propriedade, dando margem para Ventos do Inverno permanecerem permanentemente no local.

Eventualmente, um menino chega e volta a brincar no jardim. O Gigante percebe que estava sendo egoísta, e o jardim volta a florescer. É uma história de amor, empatia e amizade!

Marize Nogueira produziu máscaras lindas para o espetáculo. Dou destaque às máscaras dos ventos que achei um estouro.

Marcos Guilhon e Tatá Oliveira são os responsáveis pela tocante manipulação do Menino. Um lindo trabalho. E os figurinos e adereços de Fernanda Sabino e Henrique Gonçalves, um primor!

Todos os detalhes dessa apresentação me encantaram. “O Gigante Egoísta” é uma ótima dica para encantar tantos os corações mais jovens quanto os mais maduros.

Um aceno de mão efusivo e até a próxima semana.
Dúvidas, críticas ou sugestões, envie para luciana.kezen@rioencena.com.


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