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Mirna Rubim estreia comédia online com olhar positivo sobre terceira idade e revela inspiração autobiográfica: ‘Verdades pessoais embutidas’

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Tempo estimado de leitura: 4 minutos
Mirna Rubim (D) e Gledy Goldbach caracterizadas para o espetáculo que retrata a velhice com humor e positividade Foto: Lally Zwetzch/Divulgação

Você pode até não concordar com o velho ditado que diz que “a vida imita a arte”. Mas há de reconhecer que a chamada vida real, muitas vezes, serve de pura inspiração para a ficção. E se ainda assim não estiver totalmente convencido, pode assistir à comédia musical online “Nada além do nada”, em cartaz na plataforma Zoom até o próximo dia 19 lançando um olhar positivo sobre a terceira idade. Em cena, as atrizes Mirna Rubim – também responsável pelo texto – e Gledy Goldbach interpretam duas personagens chamadas Tonya e Adeliah, mas que poderiam também atender por… Mirna e Gledy.

— Muitos fatos autobiográficos (risos). Quatro maridos, adoro tecnologia, Gledy é uma super esposa e mãe, nossos remédios, que foram a causa de toda a criação da peça… Muitas verdades pessoais embutidas no texto — admite Mirna, que também é cantora, em entrevista ao RIO ENCENA.

Com tais “verdades pessoais” suas e da colega de cena definidas como principal fonte de inspiração para a dramaturgia, Mirna Rubim viu no humor, e não no drama, o melhor caminho a se trilhar na hora de desenvolver uma abordagem à velhice. E assim, novamente, entrou um lado pessoal da atriz, que encara a terceira idade com positividade. E ainda quer mais:

— Tenho planos até os 104 ou mais (risos) — brinca a artista, que completa 60 anos no próximo dia 21.

Na entrevista, ela ainda comentou a opção por ambientar a trama num futuro distante, em 2050, já idealizando “um mundo melhor não apenas para os idosos, mas para toda a humanidade”; da pandemia como empurrão para o desenvolvimento do projeto; e da expectativa por um público que vá “da bisavó ao bisneto”. Confira abaixo:

As duas personagens se provocam com humor e acidez. Por que abordar o tema da terceira idade através da comédia e não de outra maneira, como o drama, por exemplo?
Eu faço 60 anos no próximo dia 21. O que pauta minha jovialidade é a alegria, o bom humor e a escolha consciente por olhar a vida como uma jornada linda. Tonya e Adeliah misturam tudo: humor com crítica aos fatos inerentes ao envelhecimento. Como diz a Tonya muito bem: “Pior do que ficar velha é nunca chegar a ser”. Eu estou ficando velha e tenho o direito de falar sobre isso na pele. Tenho três netos e adoro minha idade!!!! E tenho planos até os 104 ou mais (risos).

Que papel tem a música nesse espetáculo?
As músicas trazem as críticas mais severas e as piadas mais “picantes” da trama. Além das músicas incidentais que ambientam os momentos mais tocantes das duas.

A atriz e cantora Mirna Rubim Foto: Arquivo pessoal

A trama se passa em 2050. Acredita que até lá o idosos terão mais respeito e inclusão na sociedade?
Quando decidi projetar para o futuro foi uma necessidade profunda de criar um mundo melhor, não apenas para os idosos, mas para toda a humanidade, pois o ano de 2020 foi muito doído. Passei o ano ensaiando com a Gledy Goldbach, dirigida pelo Menelick de Carvalho com assistência do Vitor Louzada. Isso nos deu esperança, alento, propósito e muita leveza. Toco piano desde os 4 anos. Música é a minha linguagem de expressão da alma.

O isolamento provocado pela pandemia influenciou na construção desse texto? De que maneira?
O isolamento da pandemia me fez escolher: ou eu entrava em depressão, angústia e desesperança, ou eu buscava uma saída – criatividade. O cérebro humano entra em êxtase quando aprende algo novo e quando cria uma novidade. Eu escolhi ter um ano de êxtase com a equipe que trabalhou nesse projeto. A vida é feita de escolhas, mesmo durante uma pandemia como essa. Eu já tinha migrado para o mundo digital em 2019 pois previa que as artes estariam ameaçadas pela polarização do Brasil e do mundo. Em 2020, já pensava digital e a dupla Tonya e Del vieram também questionar isso. Elas mostram que tudo que resta é o afeto, as amizades, as relações. A pandemia veio para nos ensinar isso.

E quanto tempo você ficou totalmente isolada na pandemia?
Nossa!! Acho que, direto, uns oito meses. Mal descia no térreo para comprar coisas que o condomínio tinha organizado, para não precisarmos sair. Eu moro em Jacarepaguá, no Pechincha. Sou simples, minimalista. O isolamento acabou não impactando minha vida. Sou extremamente privilegiada nesse sentido.

Fora a pandemia, você colocou no texto algum episódio que tenha acontecido com você? Uma situação desconfortável, por exemplo.
Muitos fatos autobiográficos (risos). Quatro maridos, adoro tecnologia, Gledy é uma super esposa e mãe, nossos remédios, que foram a causa de toda a criação da peça. Meus pais com obsessão por jovialidade, plásticas, etc… Muitas verdades pessoais embutidas no texto.

E quanto ao público, você imagina apenas idosos assistindo à peça ou espera pessoas de todas as idades?
Da bisavó ao bisneto. Todos vão amar!! É uma peça para rir e pensar.

SERVIÇO

Local: Plataforma Zoom | Sessões: Sextas e sábados às 20h; domingos às 16h | Temporada: 10/12 a 19/12 | Elenco: Mirna Rubim e Gledy Goldbach | Direção: Menelick de Carvalho | Texto: Mirna Rubim | Classificação: Não informada | Entrada: Entre R$ 30 e R$ 200 (*os ingressos no valor de R$ 200 serão doados para a Associação AUMA de Autismo) | Bilheteria: Sympla | Duração: 70 minutos | Capacidade: Comédia musical


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