Um alerta importante a pais e filhos, mas sem deixar de divertir. Assim é o espetáculo infantil “Victor James – O Menino Que Virou Robô de Videogame”, que estreia nesta sexta-feira (08/01), às 15h, na Caixa Cultural, no Centro, onde se apresenta também aos sábados e domingos, às 17h, até 17/01. Produzida pelo grupo carioca Etc. e Tal, a montagem, que terá entrada franca em todas as sessões, faz uso da mímica e do humor para abordar a questão das crianças que ficam um tempo excessivo em frente para telas de computador ou videogame.
Adaptada a partir do livro homônimo do músico, compositor e escritor Paulinho Tapajós, a peça conta a história do menino Victor James, que passava horas seguidas entretido com seu videogame. Sem ligar para almoço, jantar, banho ou estudos, ele sonhava com as sensações de ter os poderes dos seus personagens favoritos nos joguinhos. De tanto desejar essas habilidades (e, claro, não desgrudar do jogo) ele acabou se transformando em um boneco-robô.
Em contrapartida à mágica de se sentir poderoso, porém, Victor começa a se sentir incomodado por estar preso dentro da tela do jogo, assim como os personagens que costumava controlar. É a partir daí então que ele reflete sobre sua recente rotina e descobre, finalmente, que existem limites, e que excessos não são legais.
– O espetáculo é um jogo teatral com narração, mímica e desenhos projetados, seja na trilha sonora feita em harmonia com a movimentação dos atores, nos figurinos ilustrados, nos objetos em cena e na iluminação que se desenha no palco. O efeito ilusório da mímica chega ao imaginário do público através de diferentes personagens e formas geométricas que se constroem no espaço. Linhas, planos, esferas, cubos, cordas, paredes, bolas, caixas. É o manipular do corpo no espaço vazio do palco que faz surgir esta variedade visual, e sempre acompanhada de humor – destaca Álvaro Assad, que além de atuar, assina ainda a direção e a preparação mímica.
Bate-papo
Durante a curtíssima temporada, os atores do Etc. e Tal vão promover, às sextas (08 e 15) um bate-papo com o público. Nessa conversa, eles prometem falar sobre a trajetória dos mais de 20 anos de grupo e as curiosidades sobre o mundo da mímica, a trajetória da companhia, as vivências em outros espetáculos e opções cênicas para a montagem e adaptação de uma obra literária para os palcos.
