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‘O Cavaleiro Amarelo’ trata de desinformação e preconceito sobre HIV no palco do Teatro Laura Alvim

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Para falar do HIV, a peça volta aos anos 1980, quando estourou a epidemia do vírus no país

A Multifoco Companhia de Teatro, que completa nove anos de atividades em 2019, vai celebrar a data apresentando seu mais novo espetáculo na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. Com ingressos a partir de R$ 15 (meia), “O Cavaleiro Amarelo” estreia nessa sexta-feira (15), às 20h, tratando de um problema de saúde pública que parece simples de se evitar, mas que segue assombrando a população brasileira: o vírus HIV, que, muitas vezes, vem acompanhado de desinformação e preconceito.

Para retratar tal realidade, o texto inédito de Felipe Pedrini – um dos vencedores do Edital Novos Talentos 2018 promovido pelo Firjan/SESI Cultural – voltou a meados dos anos 1980, quando o conhecimento da sociedade acerca da doença era praticamente nulo. De lá para cá, a sociedade foi ficando cada vez mais esclarecida sobre o assunto, tanto que o número de detecções da aids tem diminuído no Brasil. No fim de 2018, o Ministério da Saúde divulgou um estudo registrando uma redução de 16% se contabilizados os seis anos anteriores. Enquanto em 2012, a taxa era de 2,7 casos a cada 100 mil habitantes, em 2017 eram 18,3 para a mesma proporção.

Entretanto, nem mesmo prevenção e ciência maiores em relação à enfermidade resultaram no fim dos olhares tortos direcionados a portadores do HIV, principalmente os homossexuais. Daí a proposta da montagem de combater a desinformação e desvincular estigmas.

— Nossa principal motivação é quebrar os estigmas que faz crer que toda pessoa infectada pelo HIV está doente e à beira da morte, imagens que foram construídas durantes anos de desinformação e campanhas truculentas que só faziam aumentar o preconceito com soropositivos. O HIV é um vírus resistente às defesas naturais do corpo humano e, como qualquer vírus, possui um tratamento — ressalta o diretor Ricardo Rocha, que contou com a consultoria de um soropositivo no processo e com a parceria do Grupo Pela Vidda, que neste ano chega a 30 anos de atividades ininterruptas.

O espetáculo teve a curadoria de um soropositivo no processo de montagem Foto: Daniel Debortoli/Divulgação

Apresentado de forma não linear e dividido em quadros, “O Cavaleiro Amarelo” nasceu nos tempos em que o autor Felipe Pedrini ainda era aluno da Escola de Teatro Martins Pena. Foi uma tarefa designada a ele, aliás, que inspirou o título da montagem.

— Falávamos sobre a passagem dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse pela Terra, mas em períodos contemporâneos. Fiquei encarregado da parte da dramaturgia que tratava do Cavaleiro Amarelo, aquele que traz a morte. Para mim, que era criança quando estourou a pandemia e via adultos e noticiários falando de algo que assustava, nada traduz melhor ‘A Peste’ nos séculos XX e XXI do que o vírus HIV e a doença AIDS — complementa o autor.

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