RIO – O solo “O Porteiro”, sem dúvidas, rendeu muitos frutos a Alexandre Lino. Por exemplo, circulação por diversos estados do país; uma grande procura por parte do público (mais de 100 mil espectadores, segundo a produção); e até uma adaptação para os cinemas. Portanto, a efeméride de cinco anos da estreia do espetáculo protagonizado por um porteiro nordestino contador de histórias não poderia passar em branco. Então, se você ainda não assistiu, saiba que haverá sessão única na próxima quinta-feira (25), no Circo Crescer e Viver, na Cidade Nova – confira o serviço completo no fim da página.
O espetáculo – que já passou por São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Maranhão e Distrito Federal, além do Rio de Janeiro, desde que estreou em 2017 – é o segundo solo de Lino. Um ano antes, ele tinha estreado “Lady Christiny”, que contava a história verídica de uma travesti conservadora, uma personagem bem diferente do Waldisney, o protagonista de “O Porteiro”.
Ao ser pego de surpresa com a ausência do síndico para uma reunião de condomínio, Waldisney decide assumir o comando. Com um caráter interativo, a peça permite ao ator fazer com que os condôminos sejam os próprios espectadores, que acabam convidados a participar diretamente de um divertido encontro.
Com texto e direção de Paulo Fontenelle, o espetáculo aposta no humor nordestino. E a escolha não poderia ser outra, afinal, são contadas no palco histórias reais coletadas em entrevistas realizadas pelo pernambucano Lino com porteiros nordestinos. Em comum, um ponto: eles deixaram a terra onde nasceram rumo ao Rio de Janeiro em busca de seus sonhos.
— Na nossa sociedade, existe um Brasil notado por poucos. Um grupo de pessoas que, apesar de frequentar nossa casa e fazer parte de nosso dia a dia, é como se não estivesse lá. O espetáculo inverte tudo isso. São eles, os porteiros, os protagonistas. Com sua irreverência e humor, deixam a invisibilidade para apresentar a realidade como um grande parque de diversão. Afinal, invisível não são as pessoas, invisíveis são suas histórias — acrescenta o ator.
Nas telonas
O casamento entre Alexandre Lino e “O Porteiro” foi tão bem sucedido que rendeu até filme. O ator acaba de concluir as gravações do longa-metragem homônimo, que tem previsão de estreia para o primeiro semestre de 2023. O roteiro também será de Paulo Fontenelle.
SERVIÇO
Local: Circo Crescer e Viver | Endereço: Rua Carmo Neto, 143 – Cidade Nova (em frente à estação do Metrô Praça Onze). | Sessões: Quinta às 20h | Temporada: 25/08 | Elenco: Alexandre Lino | Direção: Paulo Fontenelle | Texto: Paulo Fontenelle | Classificação: 14 anos | Entrada: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) | Bilheteria: Sympla | Gênero: comedia | Duração: 70 minutos | Capacidade: 240 lugares
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