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‘Os Impostores’ leva ao palco do Sesc Ginástico um futuro apocalíptico para falar de ética e moral

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Pri (E), Murilo, Suzana, Carolina, Guilherme e Tairone Foto: Elisa Mendes/Divulgação

Um futuro apocalíptico no Brasil foi o cenário escolhido pela produção do espetáculo “Os Impostores” para refletir sobre questões éticas e morais. Escrito por Rodrigo Portella, que ainda assina a direção, e Gustavo Pinheiro, a peça estreia nessa quinta-feira (31), às 19h, no Teatro Sesc Ginástico, no Centro, onde fica até 1º de dezembro, com apresentações também sextas e sábados, no mesmo horário, e domingos, às 18h.

Neste porvir hipotético e caótico, o país vem de uma hecatombe ecológica, que devastou e destruiu o território nacional através das forças das águas. Em meio a esta terra arrasada, os integrantes de uma tradicional e rica família são alguns dos poucos a nada sentiram, já que estão aconchegados e protegidos num suntuoso bunker debaixo da terra, bebendo champanhe e comendo caviar há anos. Tal rotina, porém, é quebrada com a chegada de um estranho, que surpreende a todos ameaçando aquela agradável harmonia.

— Quando resolvi levar essa história para o palco e juntei essa trupe maravilhosa atendendo a um chamado do Gustavo Pinheiro, eu tinha um grande desejo, o de falar sobre o perigo que nos ronda quando estamos vulneráveis e frágeis, de falar sobre opressão e oprimido e sobre a importância de estarmos fortalecidos e atentos aos sinais — acrescenta a produtora Claudia Marques, referindo-se ao elenco formado por Carolina Pismel, Guilherme Piva, Murilo Sampaio, Pri Helena, Suzana Nascimento e Tairone Vale.

Também idealizador do projeto, Gustavo Pinheiro menciona uma obra do lendário dramaturgo francês Molière como uma das inspirações para o espetáculo inédito.

— Em 1664, Molière escreveu uma comédia chamada “Tartufo ou O Impostor”. Ela é mundialmente conhecida como Tartufo, mas acho O Impostor uma provocação mais instigante pois ela se ocupa de uma impostura, no caso a religiosa. A sociedade brasileira contemporânea é farta em imposturas de toda ordem: religiosas, morais e éticas. A questão central da peça de Molière é uma família que recebe a visita de um homem dissimulado, capaz de desestabilizar a dinâmica daquele grupo social — analisa o dramaturgo.

E embora a obra de Molière seja do século XVII, Gustavo afirma que há uma proximidade com os tempos atuais.

— Minha sensação como autor é que coloquei “a bola no campo”, trazendo temas tão atuais para discussão neste grupo de profissionais extremamente inteligentes e estimulantes. A cada novo ensaio surgiam muitas ótimas ideias e caminhos, num trabalho verdadeiramente colaborativo, que dialoga com o Brasil contemporâneo. É como se disséssemos: “Molière, querido, obrigado pela sugestão de enredo. Daqui em diante, é com a gente” — encerra.

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