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Morre Tarcísio Meira, aos 85 anos, vítima da Covid-19

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-  Atualizado em 12-08-2021 às 12:17
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Tarcísio Meira chegou a ser entubado, mas não resistiu às complicações provocadas pela Covid Foto: Miguel Júnior/ TV Globo/ Divulgação

SÃO PAULO – Morreu nesta quinta-feira (12) Tarcísio Meira. O ator, de 85 anos, estava internado desde o último sábado (07) na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, diagnosticado com Covid-19. Ele chegou a ser entubado, mas acabou não resistindo às complicações provocadas pelo vírus. Sua esposa, a atriz Glória Menezes (86), também estava internada com a doença, mas como apresentou evolução no quadro, deverá ter alta em breve. Até o fechamento desta nota, não havia informações sobre velório e sepultamento.

Nascido em São Paulo, em 05 de outubro de 1935, Tarcísio Magalhães Sobrinho – o Meira veio do nome da mãe, Maria do Rosário Meira, por soar melhor e somar 13 letras, uma superstição da época – ingressou no teatro no fim dos anos 1950. Nesta época, compôs os elencos dos espetáculos “Chá e Simpatia (1957), “Quando as Paredes Falam” (1957) e “Soldado Tanaka” (1959). O início da trajetória exitosa como ator só se deu devido a um fracasso: ele tinha o desejo de entrar para o Instituto Rio Branco, a fim de se tornar diplomata, mas como acabou sendo reprovado, decidiu investir de vez na carreira artística.

Já nos anos 1960, continuou no teatro, atuando em peças como “As Feiticeiras de Salém” (1960) e “Linhas Cruzadas” (1969). Foi neste primeiro trabalho, inclusive, que veio a conhecer Glória Menezes, por quem logo se apaixonou. Em dois anos, se casaram e em quatro anos, tiveram Tarcísio Filho, também ator e único filho do casal.

Nas décadas seguintes, seguiu fazendo teatro, protagonizando espetáculos como “Tudo bem no ano que vem” (1976), “Toma lá dá cá” (1983), “E Continua Tudo bem” (1996) e “O Camareiro” (2016). Com este último, recebeu o Prêmio Shell de Melhor Ator e se apresentou até 2019, ano em que subiu num palco para atuar pela última vez.

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Simultaneamente, foi realizando seguidos trabalhos memoráveis na TV, que o tornaram conhecido do grande público. Ainda nos anos 1960, Tarcísio protagonizou, ao lado de Glória, a novela “2-5499 — Ocupado” na TV Excelsior, onde fez mais nove folhetins antes de ser contratado pela TV Globo. Na emissora carioca, a estreia foi mais uma vez ao lado da esposa em “Sangue e areia” (1967).

Tarcísio Meira ao lado de Kiko Mascarenhas em “O Camareiro” Foto: Divulgação

Em seguida, interpretou João Coragem, talvez seu personagem mais famoso, na novela “Irmãos Coragem” (1970), que foi um sucesso de audiência. A partir daí, foram outras dezenas de trabalhos na TV, entre novelas, especiais e participações. Destaque para “Saramandaia” (1976), “Coração Alado” (1980), “Caso Verdade” (1982), “Guerra dos Sexos” (1983), “O Tempo e o Vento” (1985), “Roque Santeiro” (1985), “Roda de Fogo” (1986), “Tarcísio & Glória” (1988), “Tieta” (1989), “Você Decide” (1993), “Pátria Minha” (1994), “O Rei do Gado” (1996), “”Sai de Baixo” (2001), “”Senhora do Destino” (2004), “A Favorita” (2008), “Velho Chico” (2016) e “Os Casais que Amamos” (2020), sua última aparição na telinha.

Já no cinema, estreou em 1963 com o longa “Casinha pequenina”, ao lado de Mazzaropi (1912-1981). Ao longo dos anos, foram mais de 20 filmes, com destaque para “O Beijo no Asfalto” (1981), adaptação cinematográfica do texto de Nelson Rodrigues, que causou polêmica na época por conta da cena em que Tarcísio e Ney Latorraca se beijavam na boca. Seu último trabalho nas telonas foi “Não se preocupe, nada vai dar certo!”, de 2011.


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