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Para começar o ano rindo: confira relação com quatro comédias disponíveis gratuitamente na Internet

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Sentido horário: “Invenção”, “Fantasmas”, “Estúpido” e “Acorda” Fotos: Lucio Luna, Desirré do Valle e Divulgação

Marcado por uma pandemia, o duro ano de 2020 já deu lugar a 2021, que chega trazendo esperança de dias melhores. E além dos tradicionais votos de paz, sucesso e (principalmente!) saúde, o que o RIO ENCENA deseja também aos seus leitores são momentos de alegria, diversão e muita risada. Por isto, listamos abaixo quatro espetáculos de comédia que já estiveram em cartaz no Rio de Janeiro em outras oportunidades e agora estão disponíveis na plataforma digital Espetáculos Online – que funciona como uma espécie de Netflix do teatro, mas é gratuita.

Quem abre a relação é a comédia romântica “A Invenção do Amor”, que estreou em 2016, com texto da dupla Alessandro Marson e Thereza Falcão e direção de Marcelo Valle (assista aqui). Em cena, Guilherme Piva e Maria Clara Gueiros – que contracenaram pela primeira vez nesta peça – formam um casal inusitado: um Homo sapiens e uma mulher de Neandertal, duas espécies distintas, mas que chegaram a coexistir, segundo especialistas. Por fazer parte de uma espécie com um cérebro privilegiado, ele passa os dias inventando coisas cotidianas. Certo dia, porém, durante uma crise de ciúmes, ele inventa o amor e leva o casal pré-histórico a se antecipar no tempo, passando por situações que viriam a ser vividas por suas gerações seguintes.

Por falar em atores conhecidos do grande público, Marcos Veras está no catálogo da Espetáculos Online com seu solo “Acorda pra Cuspir”, também de 2016 (aqui). Na peça, dirigida por Daniel Herz e escrita pelo americano Eric Bogosian (com tradução de Maurício Guilherme), Veras interpreta José da Silva, aquele tipo de pessoa que passa a vida numa busca tresloucada por fama, sucesso e dinheiro, muitas vezes desconhecendo ética e/ou limites. A partir deste personagem, um cara frustrado por ainda não ter se tornado uma celebridade, o monólogo reflete sobre subcelebridades e a falta de limites daqueles que querem ficar ricos e famosos a qualquer custo.

Também na linha de críticas comportamentais, “Como me Tornei Estúpido” (2016) questiona a estupidez e a massificação na sociedade contemporânea (aqui). Com direção de Sergio Módena e texto de Pedro Kosovski, a comédia é baseada no livro homônimo escrito pelo antropólogo francês Martin Page. No elenco, estão Alexandre Barros, Gustavo Wabner, Marino Rocha e Rodrigo Fagundes, intérpretes de diversos personagens numa jornada sarcástica que começa a partir da propaganda de uma marca de roupa. A peça publicitária insinua que ser estúpido é bom ao soltar um slogan que diz algo como: “os inteligentes não criam, os estúpidos fazem melhor”.

Por fim, “Estes Fantasmas”, de 2017, recorre ao sobrenatural para criticar com bom humor a decadência profunda que pode acometer o ser humano (aqui). Com direção de Sérgio Módena e texto do italiano Eduardo de Filippo (1900-1984), o espetáculo – apresentado por Thelmo Fernandes, Gustavo Wabner, Alexandre Lino, Ana Veloso, Celso André, Rodrigo Salvadoretti e Stela Freitas – foi escrito em 1946, período pós-guerra. Ambientado neste clima, ele reflete, com certa acidez, sobre o homem que prefere acreditar em coisas que ele sequer vê em vez de encarar a própria sua realidade.

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